O índice de infestação do mosquito Aedes aegypti diminuiu de 3,6% para 1,6% no município de Belém. A taxa foi definida após pesquisa de Levantamento de Índice Rápido de Aedes aegypti (LIRAa) em imóveis para identificação de depósitos positivos para o mosquito realizada em 5% dos 569 mil imóveis de Belém, realizada pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) em março.
O LIRAa é instrumento utilizado para orientar as ações de combate e prevenção a dengue, zika e febre chikungunya a cada dois meses. “É a partir do resultado da pesquisa que identificamos os bairros e localidades com maior densidade do transmissor desses agravos e planejamos e intensificamos as ações, conforme as orientações do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), para o combate ao mosquito”, explica David Rosário, coordenador da Divisão de Controle de Endemias da Sesma.
Segundo o levantamento, o indicador de 1,6% Índice de Infestação Predial (IIP) consiste na quantidade de amostras imaturas do mosquito (larva e pupas) coletadas em imóveis, que foram atestadas positivas para Aedes aegypti. “A redução do mesmo período do ano anterior, que era de 3,6%, para os atuais 1,6% é uma consequência do trabalho desenvolvido pela prefeitura, como o aumento no quadro de agentes de controle de endemias, e parceria com as Forças Armadas, que disponibilizaram militares para somar ao nosso efetivo. Mesmo com a redução, continuamos em estado de alerta. Essa diminuição não consiste apenas no trabalho institucional, mas sim de toda uma sociedade empenhada em diminuir a ocorrência dessas doenças”, ressalta David.
De acordo com LIRAa, entre os depósitos mais comuns em Belém estão recipientes plásticos, garrafas, latas e plásticos, caixas de passagem de água, lajes, calhas, tanques em obras ou borracharias, vasos, pratos, pingadeiras, bebedouros e recipientes de degelo da geladeira. “É importante estar atento a cada cantinho da casa. O mosquito possui uma grande capacidade de adaptação e precisa de pouca água, que pode ser limpa ou suja, para se reproduzir”, alerta o coordenador.
O próximo LIRAa está previsto para ocorrer no mês de maio.