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Professora da rede municipal desenvolve projeto inclusivo com Torre de Hanói

Foto: Acom/Semec
Professora da rede municipal desenvolve projeto inclusivo com Torre de Hanói
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Jogo conquistou estudantes e já tem até campeonato com torcida organizada na escola

Na intenção de promover o aprendizado integrativo que permita a socialização dos estudantes diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA), a professora Ellen Brasil, da Escola Municipal Ana Barreau, no distrito de Mosqueiro, apresentou nesta quinta-feira, 23, o projeto inclusivo “Torre de Hanói: Uma proposta interdisciplinar para o ensino de crianças com TEA”. A apresentação ocorreu na própria unidade, onde o trabalho é desenvolvido atualmente.

A proposta busca fortalecer o aprendizado por meio da técnica de estratégia da Torre de Hanói. O jogo consiste em uma base com três pinos na posição vertical, que são as torres. No primeiro pino, há uma sequência de discos com tamanhos variados. O objetivo é transferir todos os discos para o último pino, de forma que ao concluir a tarefa, o disco maior não fique sobre o de menor diâmetro.

A atividade tem estimulado o desenvolvimento cognitivo das crianças que já apresentam melhoras nas capacidades de memória, concentração e atenção. A estudante Maria Eduarda Mota, 11, tem deficiência intelectual e já conseguiu melhorar o desempenho na escola com a prática do jogo. "Eu gosto muito desse jogo, e melhorei até na matemática, na hora de fazer contas", garante.

Inicialmente aplicada na sala de recursos apenas para as crianças com TEA, a atividade ganhou destaque e despertou o interesse dos alunos das turmas regulares, o que fez com que o jogo se espalhasse por toda a escola, resultando até em campeonato com direito a torcida organizada. A forma lúdica de trabalho foi fundamental para que os estudantes com algum tipo de deficiência, muitas vezes excluídas dos grupos e brincadeiras pelos colegas, se sentissem em uma posição igualitária a dos demais.

Para a professora Ellen Brasil, a Torre de Hanói também contribui para que as crianças com alguma deficiência alcancem autonomia no futuro. “Consegui vislumbrar além das fronteiras da escola. O fundamental é que eles tenham autonomia desde a fase escolar, para que quando a família não estiver mais presente eles já sejam independentes e possam ter uma vida tranquila”, declara.

Além do TEA, o trabalho com a Torre de Hanói é desenvolvido com outras 23 crianças com algum tipo de deficiência, seja a auditiva, intelectual, e física; e outras síndromes como a de down, e transtornos do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).

Prêmio – A iniciativa foi destaque no Pará tendo alcançado o segundo lugar no Prêmio Professores do Brasil, do Ministério da Educação (MEC), na categoria 4° e 5° ano do Ensino Fundamental. Para premiar e divulgar o mérito de professores das redes públicas de ensino, pela contribuição para a melhoria da qualidade da educação básica, o concurso avalia experiências pedagógicas bem sucedidas e inovadoras aplicadas nas escolas.  

De acordo com a coordenadora do Centro de Referência em Inclusão Educacional Gabriel Lima Mendes (CRIE), Denise Correa, trabalhar a interação social e integração é essencial para estimular o desenvolvimento saudável das crianças com deficiência. “Iniciativas como essa representam a parceria que nós temos entre a família, comunidade e escola para que eles alcancem todo o seu potencial”, conclui.

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