"Vacina no braço" e "comida no prato" impunsionou a caminhada da população de Belém no ato nacional "Fora Bolsonaro" na manhã deste sábado, 3, o terceiro ocorrido este ano em diversas cidades brasileiras. Na capital paraense, o local escolhido para a concentração dos manifestantes foi a praça da República e que de lá seguiu para o Ver-o-Peso, com a pressão popular exigindo a saída do presidente Jair Bolsonaro, por ter minimizado a pandemia, que contabiliza mais de 500 mil mortos pela Covid-19 em todo o país.
Entre as reivindicações, mais investimentos para o Sistema Único de Saúde (SUS), garantia de leitos e insumos, aceleração da vacinação, auxílio emergencial de R$600, políticas para manutenção de salários e apoio a pequenas e médias empresas.
O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, participou da passeata por entender, como representante dos cidadãos de Belém, ser um dever participar do ato. "O povo brasileiro não suporta mais tantas perdas, são mais de 500 mil pessoas mortas por um governo que tem ações criminosas coordenadas pelo presidente, por induzir as pessoas ao suicídio a partir do momento que incentiva a população a não usar máscara, não tomar vacina, não cumprir o isolamento, atrasar e falhar com a compra de vacinas", lamentou.
Edmilson enfatizou que "como representante da soberania popular eleito pelo povo de Belém, como militante que quer construir uma sociedade justa, democrática e feliz no Brasil, tenho a obrigação moral e política de estar aqui e dizer ao povo Fora Bolsonaro".
Impeachment - Recentemente, deputados, líderes de partidos políticos e integrantes de movimentos e organizações sociais protocolaram um "superpedido" de impeachment na Câmara dos Deputados. Diversas correntes e partidos se uniram e concluíram o documento, que agrega 23 tipos penais que teriam sido cometidos pelo presidente Jair Bolsonaro.
A deputada federal Vivi Reis, que esteve na caminhada, afirmou fazer questão de participar do Fora Bolsonaro com o povo belenense, com o objetivo de "somar forças com nossa gente nessa manifestação, que é contra esse governo criminoso e corrupto. Esse absurdo não pode continuar acontecendo, precisamos nos organizar e vir para as ruas até Bolsonaro cair"
Organizadores da manifestação orientaram os partiipantes seguirem as orientações sobre o distanciamento e fazer uso de máscara e álcool gel.
Márcia Conceição foi para a passeata seguindo os protocolos sanitários de prevenção à Covid-19. "É de extrema importância estarmos aqui, pois nossas famílias estão morrendo por causa desse governo negacionista, que rouba, mata e não liga para nosso povo. Por enquanto, tomei a primeira dose da vacina e sigo com o uso da máscara, álcool, escudo protetor facial, ao chegar em casa e mantenho a recomendação de higienização, mas não deixo de vir lutar pelo meu direito e de existir, pois esse governo mata até mais que o próprio vírus", contou.
A aposentada Juacina Barata, 85 anos, acompanhou a passeata com muito ânimo, de máscara e mantendo o distanciamento. "Acordei bem cedo e muito animada para fortalecer esse ato para tirar o pior presidente que já tivemos na história desse país", enfatizou.
O professor Tony Leão, 42 anos, foi com a filha de 5 anos e a esposa, participar do ato e disse que "a população está cansada e precisa vir para as ruas e lutar contra esse governo que tem uma política totalmente genocida e criminosa. É uma luta pela vida, pela democracia e hoje estou aqui mais uma vez com a minha família, para lutar pelos nossos direitos e dizer Fora Bolsonaro".
