É com imenso pesar que a Prefeitura de Belém lamenta a perda de José Maria de Vilar Ferreira, um dos artistas brasileiros mais significativos da contemporaneidade. Poeta, compositor, dramaturgo, professor universitário, Vilar Ferreira nasceu em Marapanim, nordeste do Pará, a 16/01/1941 e faleceu hoje, primeiro de junho, no Hospital Divina Porividência, em Marituba. Devido à idade, ele não resistiu às complicaões de uma pneumonia.
Companheiro de música e poesia de poetas e compositores como Ruy Barata, Max Martins, José Carlos Maranhão e João de Jesus Paes Loureiro, José Maria Vilar Ferreira é autor de livros clássicos da literatura amazônica, como “Ventos de Proa”, “Paixão dos Trópicos”, Frutos de Leite”, e “Paragens”, todos de poesia. Traduziu e roteirizou poemas de Federico García Lorca no espetáculo “Esta Noite, Lorca”. Em 1976, ganhou o prêmio estadual, em concurso promovido pela SECDET, para texto teatral: “A Derradeira Chuva em Arumancuyantepê”. Como compositor, tem obra relevante sozinho e como letrista de vários parceiros.
O prefeito Edmilson Rodrigues lamenta a morte do amigo: “Foi e continuará sendo um dos mais importantes poetas brasileiros. Tive a honra de conhecê-lo, de compartir com ele a amizade, de acompanhar sua trajetória como servidor público. Homem da resistência a todas as formas de opressão, como à ditadura militar no Brasil, de 1964 até a década de 80. Era comprometido com o futuro socialista – um futuro socialmente justo, ecologicamente equilibrado, democrático, feliz. Fica a obra para imortalizá-lo como semente do amanhã por ele sonhado”, lamenta o prefeito de Belém.
José Maria de Vilar Ferreira foi sepultado às 16h deste dia primeiro no cemitério Max Dommini, em Marituba.
A Prefeitura de Belém se une à família, aos amigos e aos admiradores do poeta neste momento de profunda tristeza.