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Denúncias feitas pela CGU foram esclarecidas pela Prefeitura em junho de 2017

Foto: Arquivo Comus
Denúncias feitas pela CGU foram esclarecidas pela Prefeitura em junho de 2017
Denúncias feitas pela CGU foram esclarecidas pela Prefeitura em junho de 2017
Denúncias feitas pela CGU foram esclarecidas pela Prefeitura em junho de 2017
Denúncias feitas pela CGU foram esclarecidas pela Prefeitura em junho de 2017
Denúncias feitas pela CGU foram esclarecidas pela Prefeitura em junho de 2017

O financiamento do projeto é do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), da Caixa Econômica Federal.

"Minha posição foi, é, e será sempre de respeito ao dinheiro público. A recomendação à minha equipe foi, e sempre será, de cumprir à risca toda a legislação e primados éticos inegociáveis e todos têm esse compromisso, por isso o município está à disposição para esclarecer quaisquer informações sobre o andamento da obra e a aplicação dos recursos obtidos via financiamento da Caixa Econômica Federal". A afirmação foi feita pelo Prefeito Zenaldo Coutinho, nesta segunda-feira, 26, ao pontuar a seriedade e a transparência com que desenvolve os projetos da Prefeitura de Belém.

Diferente de reportagem publicada no último domingo, 25, pelo jornal Diário do Pará, acusando a Prefeitura de superfaturamento na obra do BRT (Bus Rapid Transit), baseada no conteúdo de um relatório da Controladoria Geral da União (CGU), a Prefeitura esclarece que tanto a Controladoria, quanto os Ministérios Públicos Federal e Estadual e o Tribunal de Contas dos Municípios tiveram conhecimento prévio de todo o processo licitatório das obras antes mesmo da publicação do edital.

Segundo o secretário Municipal de Urbanismo (Seurb), Adinaldo Oliveira, a Prefeitura de Belém sempre manteve o cuidado de atuar em consonância com os órgãos públicos fiscalizadores do uso do bem  público. "Tanto que antes de assumir a obra do BRT foi pedida uma auditoria da obra executada e do contrato da obra junto ao MPE, MPF e Caixa Econômica Federal, e em seguida assinado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para conclusão do primeiro trecho da obra na área de São Brás ao Entroncamento", explica Adinaldo. 

Cronologia -  Em 2013, a PMB realizou consultoria técnica com projetos assinados pelo arquiteto Jayme Lerner, ex-prefeito de Curitiba, e pela especialista em mobilidade urbana da Universidade Federal do Pará (UFPA), Maisa Tobias. Em fevereiro de 2014, o projeto foi encaminhado ao Ministério Público Estadual e Ministério Público Federal e Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), mas só em abril de 2014 recebeu o documento de volta com uma série de adequações solicitadas pelo MP, o que provocou o relançamento do edital. Em junho foi anunciado o consórcio vencedor, já em janeiro de 2015 o contrato foi assinado e em junho do mesmo ano iniciaram as obras. Em dois anos de atividades, o BRT avançou com as obras, finalizando o trecho do Entroncamento até o Mangueirão.

Em abril de 2017, a Prefeitura recebeu o relatório da CGU apresentando falhas na execução do projeto, entre as quais um possível superfaturamento. “A fiscalização levantou muitos preços e tabelas diferenciadas e em alguns casos criou elementos fictícios do nosso uso e do nosso entendimento, gerando o quantitativo que chamaram de superfaturamento”, explicou o titular da Seurb. A Prefeitura respondeu ao relatório da CGU em 8 de junho de 2017, mas ainda não obteve resposta. 

O financiamento do projeto é do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), da Caixa Econômica Federal. O valor é de R$ 263 milhões. A contrapartida da Prefeitura corresponde a aproximadamente 16% do montante do recurso liberado pela CEF. Adinaldo Oliveira acredita que prevalecerá o bom senso sobre a análise dos fatos e que a Prefeitura permanece aguardando o retorno da Controladoria Geral da União sobre as respostas encaminhadas em junho passado. “Estamos prontos a responder as indagações e dúvidas de qualquer órgão fiscalizador".

CRONOLOGIA DO BRT

2013- PMB pede auditoria nos contratos e obras iniciadas em 2012 junto ao MPE, MPF e CEF;  

2013 – PMB assina TAC e entrega primeira fase da obra de São Brás até o Entroncamento;

2013 - Abre nova licitação, seguindo consultoria assinada pelo arquiteto Jayme Lerner e a especialista em mobilidade urbana Maisa Tobias para o trecho Entroncamento até Icoaraci;

2014 – PMB encaminha processo licitatório do novo projeto do BRT para MPE, MPF e TCM;

2014 – Lança o novo edital;

2015 – Anuncia o consórcio vencedor e dá início às obras;

Abril de 2017 – Recebe relatório da Controladoria Geral da União;

Junho de 2017 – Responde e encaminha resposta ao Ministério Público Federal;

Março de 2018 – PMB não recebeu ainda resposta do Ministério Público Federal, mas se mantém aberta para informações sobre a obra.

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