Belém recebe o 4° Festival Nacional de Pipas no Portal da Amazônia

Foto: Fernando Sette - Comus
Belém recebe o 4° Festival Nacional de Pipas no Portal da Amazônia
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Belém recebe o 4° Festival Nacional de Pipas no Portal da Amazônia

O evento também funciona como um local de conscientização para que a brincadeira continue no resto do ano de maneira responsável.

Pipa, rabiola, papagaio, curica. Apesar das diferenças o nome é o que menos importa nesse brinquedo que encanta adultos e crianças e toma conta dos céus de Belém, principalmente em época de férias escolares. Mas pra muita gente essa paixão pelo papagaio virou coisa séria, virou esporte, virou trabalho. Este é um comércio que gera renda para cerca de 600 famílias belenenses que vivem diretamente da pipa, fora as vendas que complementam a renda de outras centenas.

Neste final de semana Belém sediou o 4º Festival Nacional de Pipas, que reuniu participantes de 14 Estados e levou mais de 20 mil pessoas ao Portal da Amazônia durante os dois dias de evento. Belém é uma das paradas do festival, que funciona como um circuito em diversas cidades brasileiras.

“Tinha ouvido falar do festival no ano passado, mas não pude participar, e esse ano vim com meu neto, Vinícius, e meu filho, Breno. São as três gerações participando e estou me divertindo demais”, conta Joseane do Socorro, avó do Vinícius, um menino de três anos que tem paixão por papagaio. Ela acompanhou o neto na brincadeira e não abriu mão da segurança. “Os pequenos precisam sempre estar acompanhados dos pais e responsáveis, as crianças precisam desse tipo de segurança para aprenderem a brincar com responsabilidade”, disse.

Os participantes do evento vão de famílias, à equipes que têm a pipa como esporte, como uma equipe do município de Abaetetuba, região nordeste do Estado, que comprou mais de 700 pipas exclusivamente para participarem do festival neste final de semana.

Quem também esteve no evento foi o campeão sul-americano do esporte, o paulistano Luiz Alberto. Em preparação para o campeonato mundial da França, ele já venceu por duas vezes a competição sul-americana. Já é a quarta vez que ele vem se preparar, no festival, na capital paraense. “O Portal da Amazônia é excelente para a prática do esporte, não tem movimento na rodovia, fluxo de carro e motos, o fluxo de pessoas é grande, mas a gente vê que todos estão praticando o esporte, é muito gostoso”, elogiou. “Vemos um apoio bem grande da prefeitura aqui em Belém para o esporte, coisa que é muito difícil ver fora”, completou Luiz.

Pontos como esse fazem parte da lei nº 9.455, formulada a partir de propostas feitas pelas próprias associações de pipeiros com o objetivo de aumentarem a segurança para o esporte e para a própria pipa como brincadeira. A lei foi aprovada por unanimidade pelos vereadores da Câmara Municipal de Belém, como substituição à lei nº 9.440.

“O esporte agora está sendo regulamentado, essa lei nos deu direitos e obrigações e para nós pipeiros isso foi muito benéfico, temos que nos adequar, mas é algo bom. Os estabelecimentos que trabalham com a linha de pipa, por exemplo, vão precisar de alvará de funcionamento, CNPJ. Seguir essas normas é muito positivo”, explicou Otávio Lima, mais conhecido como Otávio Pipas, um dos responsáveis pela organização do evento.

O evento também funciona como um local de conscientização para que a brincadeira continue no resto do ano de maneira responsável. “A partir de amanhã e até julho vamos distribuir panfletos, conscientizando as pessoas a não soltarem pipas em lugares inadequados, perto da rede elétrica, na praia”, disse Otávio.

Edival Ribeiro levou o sobrinho de três anos para o festival justamente por ser em um local adequado. “Espaços abertos são importantes pra gente poder brincar”, disse, e relembrou também dos tempos em que ele mesmo empinava pipa. “Quis mostrar para ele uma diversão que era do meu tempo, ao ar livre, sem ele estar sempre no celular”, finalizou.

Renato Lima veio de São Luís, no Maranhão para o festival. “É meu quarto ano acompanhando o festival aqui em Belém, sou apaixonado por pipa desde criança e meu filho, de cinco anos, já brinca também”, comentou. Renato, assim como Edival, também pensa sobre a importância de passar essa tradição para frente. “As crianças vão ser o futuro da pipa e vão dar sequência à brincadeira”, destacou o maranhense.

O 4° Festival Nacional de Pipas encerrará neste domingo, 05, às 18h no Portal da Amazônia.

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