Pelo segundo mês consecutivo, o quilo da carne bovina comercializada nos açougues, supermercados e mercados municipais de Belém apresentou alta de preço. O estudo foi apresentado nesta quarta-feira, 28, pela Secretaria Municipal de Economia (Secon) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômico (Dieese Pará).
“A pesquisa tem enfoque no coxão mole ou chã, cabeça de lombo e paulista, por se tratarem das partes de primeira do gado mais consumidas pela população de Belém”, explicou o supervisor técnico do Dieese no Pará, Roberto Sena. Ainda segundo o economista, “a carne teve aumento de preço no mês de setembro, na média dos nove primeiros meses do ano e, ainda, nos últimos doze meses”, observou Sena.
No início do ano, no mês de janeiro, o quilo carne bovina foi comercializada em média a R$ 26,46; fevereiro a R$ 25,35; março R$ 25,08; abril R$ 25,64; maio R$ 26,87; junho R$ 26,99; julho R$ 26,85; agosto R$ 27,62; e no mês passado, em setembro, foi comercializada em média a R$ 29,67 o quilo.
Já no comparativo da trajetória dos últimos doze meses, em setembro de 2019, o quilo da carne foi comercializado em média a R$ 20,76, o que indica uma alta acumulada expressiva de quase 43,00% contra uma inflação de 3,89%.
“Hoje o Brasil é o maior exportador de carne bovina do mundo, principalmente para a China. O preço desse produto sofre influência de cotação nas bolsas de mercado futuro, gerando impacto, também, nos preços no mercado belenense. Por isso, a importância do consumidor em buscar produtos alternativos ou os locais mais em conta para a compra da carne”, destacou o Secretário da Secon, Rosivaldo Batista.
