A Agência Reguladora Municipal de Belém (ARBEL) deu prosseguimento na manhã desta sexta-feira, 04, aos trabalhos de fiscalização e orientação aos serviços de saneamento da cidade. O alvo da ação foram as feiras livres da capital paraense, que receberam a visita das equipes técnicas de resíduos sólidos e de educação ambiental da agência. A ação percorreu as feiras da 25 de setembro, São Brás, Mundurucus e feira da Batista Campos.
O trabalho consistiu em aplicar um questionário aos feirantes, para verificar como está a coleta dos resíduos sólidos gerados pelos mesmos, a limpeza geral das feiras, bem como a percepção dos feirantes em relação à prestação do serviço de limpeza urbana e coleta de resíduos sólidos.
Durante a ação, foi apresentado aos feirantes o papel da agência reguladora, a responsabilidade de cada um em relação aos resíduos produzidos, além de procurar conscientizar os feirantes sobre como acondicionar corretamente seus resíduos. “Observamos a insuficiência e até inexistência de containers para atender a demanda gerada, descarte irregular de resíduos e a própria falta de consciência dos feirantes em como acondicionar os resíduos gerados em suas atividades”, revelou Patrícia Paranhos, coordenadora de resíduos e drenagem urbana da Arbel.
Trabalhando há 9 anos na feira da 25, Lucimar dos Anjos, de 50 anos, alega que recolhe os resíduos de sua barraca de forma correta. “Aqui não jogamos nada no chão. Coloco tudo num saco e descarto na lixeira aqui em frente. O papelão eu entrego para um rapaz que separa para a coleta seletiva”, contou a feirante.
Já na feira de São Brás, o açougueiro Ronaldo Melém, de 54 anos, demonstrou insatisfação com o descarte irregular no local. “Precisa melhorar bastante, pois temos episódios de lixo descartado de forma errada aqui na feira, além da ação dos próprios moradores da área, que jogam lixo na parte baixa do estacionamento”, desabafou o morador. Na feira da Mundurucus, a queixa dos feirantes é com a ação de carrinheiros. "A prefeitura faz a parte dela que é a de recolher, mas o povo que não quer ter trabalho paga pelos serviços dos carrinheiros e eles descartam o lixo aqui na feira ao lado do canal", lamentou a feirante Raimunda Trindade, de 59 anos. As fiscalizações da Arbel prosseguem e outras feiras livres da cidade serão visitadas.
