A Prefeitura de Belém lançou, na manhã desta quinta-feira, 11, o 1º Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa (IEGEE) do município. A capital paraense é a primeira cidade amazônica a preparar esse estudo. Durante sete meses foram pesquisados os responsáveis pela maior quantidade de gases emitidos na cidade.
O secretário municipal de Planejamento e Gestão, Cláudio Puty, aponta que as duas principais fontes emissoras desses gases são o transporte e o lixo. “Belém emite cerca de um milhão e meio de toneladas de CO2 na atmosfera, por ano, e metade disso é transporte, transporte de passageiros e transporte individual, então isso demonstra que uma estratégia importante é a mudança no perfil de utilização de combustíveis fósseis na nossa cidade”, relata o secretário.
Conhecimento científico e solução
Para o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, sem o conhecimento sobre os causadores dos problemas é impossível agir na solução deles. “Conhecer cientificamente a produção de gases do efeito estufa, nos permite avançar no planejamento para solucionar o problema. A solução não é só local, mas Belém quer dar um bom exemplo e já começou com a nova licitação dos resíduos sólidos, a qual vai modernizar e evitar uma das fontes principais. Também com a energia solar sendo utilizada em mais de 70 escolas, vamos avançar para todas, de modo que a emissão de gases será reduzida. Além disso, o grande desafio é a troca da frota de ônibus”, afirma o prefeito.
O relatório é uma iniciativa da Prefeitura de Belém, com apoio da União Europeia, por meio do Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e a Energia (GCoM), que atua com o comitê de governança nacional, que reúne a Associação Brasileira de Municípios (ABM), a Frente Nacional de Prefeitos (FNP), o Instituto Alziras, a Delegação da União Europeia no Brasil e o Governos Locais pela Sustentabilidade (ICLEI América do Sul), responsável pelo acompanhamento técnico do Inventário.
O secretário executivo do ICLEI América do Sul, Rodrigo Perpétuo, aponta que o apoio que a União Europeia trouxe para financiar o estudo é parte do Pacto dos Prefeitos pelo Clima e Energia. “Existe um apoio coletivo das entidades municipalistas ao movimento de Belém faz em prol da ação climática. É disso que se trata: Belém catalisando movimento que vai transbordar e inspirar também outras cidades do Brasil e do mundo”, afirma o secretário.