A Prefeitura de Belém presta assistência às famílias que tiveram suas residências atingidas pelos ventos de mais de 80 km/h, que acompanharam as chuvas na tarde desta terça-feira, 16, e causaram destelhamento e afetaram as estruturas das habitações em três bairros da cidade: Coqueiro, Tapanã e Parque Verde.
Equipes da Comissão Municipal de Defesa Civil de Belém (Comdec), da Guarda Municipal e da Fundação Papa João XXIII (Funpapa) são alguns dos órgãos que acompanham de perto as vítimas do fenômeno meteorológico para minimizar o sofrimento delas. Durante uma visita aos bairros atingidos na manhã desta quarta-feira, 17, o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, foi informado pelos titulares dos órgãos sobres as ações que estão sendo realizadas nos locais.
A Defesa Civil ainda faz um levantamento da real situação das casas e famílias atingidas, mas adiantou que trabalha com um número de 200 a 300 imóveis atingidos na área, sendo que algumas residências foram totalmente destelhadas e outras tiveram as estruturas comprometidas.
“O trabalho de levantamento das famílias atingidas pela Defesa Civil começou ainda nesta terça-feira, assim que houve o registro do vendaval no conjunto Pedro Teixeira, no bairro do Coqueiro. Mas, em seguida, novas informações repassadas para a nossa equipe apontou outros locais afetados pelo fenômeno", disse o presidente da Defesa Civil de Belém, Claudionor Corrrêa.
Ele informou que "o levantamento da Defesa Civil vai resultar em um laudo, para agilizar o encaminhamento das famílias para os órgãos de proteção como Funpapa, Secretaria Municipal de Habitação (Sehab), para que eles possam obter ajuda governamental”.
A partir do laudo da Comdec, a Funpapa poderá cadastrar as famílias para que tenham acesso ao auxílio aluguel. O Banco do Povo, por sua vez, já sinalizou contribuir dando agilidade a investimentos financeiros, que possam ajudar a reconstruir os pontos comerciais atingidos. Paralelo a isso, a Prefeitura de Belém está providenciando doação de 300 telhas às vítimas que estão em situação mais precária e sem condições de comprar o material para refazer o telhado de suas casas.
Vítimas - A casa da comerciante Maria das Neves Brito, moradora do conjunto Pedro Teixeira, foi uma das pessoas que teve a casa atingida pelo vendaval. Ela mora no local, onde também funciona um pequeno comércio, há mais de 40 anos. “É triste passar por isso, porque eu trabalho por conta própria, molhou a minha mercadoria, a minha casa tá destruída toda. Nunca tinha dado aqui um vendaval assim. A gente tá confiando que o prefeito ajude, porque a gente mesmo não tem dinheiro para repor tudo assim rápido”, relatou Maria.
O caminhoneiro Renato Costa Filho, morador do Pedro Teixeira, também está confiante no apoio da Prefeitura. “Agora é arregaçar as mangas para poder recuperar o estrago e esperar um apoio para ver se pelo menos a gente consegue algum apoio, porque o custo será muito alto e nós estamos confiantes que a Prefeitura vai nos socorrer nesse momento”, disse o motorista.
Ações emergenciais - Em solidariedade às vítimas, o prefeito Edmilson Rodrigues acompanhou os trabalhos da Defesa Civil no Conjunto Pedro Teixeira e garantiu que a Prefeitura vai socorrer emergencialmente as famílias afetadas. “Coube a nós mobilizar os órgãos da Prefeitura, primeiro Defesa Civil, que está aqui elaborando os laudos, para que a Funpapa possa conceder o auxílio moradia. A Semma (Secretaria Municipal de Meio Ambiente), por sua vez, já está mobilizada para retirar as árvores caídas”, informou o prefeito.
A Semma segue atuando para minimizar os danos causados pelo vendaval na tarde da última terça-feira. Até o momento, foram registrados tombamento de quatro árvores em áreas públicas. Ninguém ficou ferido. Pela manhã desta quarta-feira, a equipe operacional do órgão muncipal de meio ambiente retornou ao conjunto residencial Pedro Teixeira, para iniciar o trabalho de retalhamento e retirada dos restos de três árvores que tombaram, serviço que não pode ser iniciado anteriormente por conta da interrupção de energia elétrica no local.
“No Pedro Teixeira, estamos trabalhando para a remoção de dois vegetais que se localizavam no canteiro central do conjunto e de uma árvore que estava localizada em uma praça paralela à rua central. As árvores eram das espécies Fícus Benjamina e Palheteira e possuem como característica em comum a estrutura de enraizamento superficial o que facilita o tombamento”, detalhou o chefe da Divisão de Arborização da Semma, Francisco Júnior.
Ele ressalta ainda que o plantio de fícus é proibido pela Lei Complementar nº. 629, de 11 de dezembro de 2014, devido a fatores, como a agressividade de suas raízes, que provocam rachaduras no asfalto, em paredes e muros na busca por alimento e água. Além das três árvores que caíram no residencial, a Semma contabiliza a derrubada de uma árvore da espécie Ipê, de pequeno porte, que não resistiu à força da natureza. Ele estava plantado na praça do conjunto Promorar, no bairro Maracangalha.
