Mais de 1.800 profissionais do magistério, entre professores, coordenadores e gestores, participaram nesta quinta-feira, 18, da Jornada Pedagógica da Rede Municipal de Educação (RME), que este ano trouxe o tema “Belém Alfabetizada, Educada, Leitora, Inclusiva, Antirracista e Conectada para a construção de sociedades biodiversas”. O objetivo é planejar, prestar orientações gerais e consolidar as ações para o ano letivo de 2024.
O encontro, realizado pela Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semec), acontece no Hangar - Centro de Convenções da Amazônia até esta sexta-feira, 19, de 9h às 17h, com apresentações musicais, poesia, cultura, educação e a arte de reaprender nestes dois dias de processo formativo.
Abertura
Os participantes foram recepcionados com música e teatro. O coral de servidores da Semec foi o primeiro a fazer o acolhimento dos educadores e das educadoras. Em seguida, foi a vez do coletivo teatral da Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental (EMEIF) Santana do Aurá apresentar a peça “O Mágico de OZ”.
A composição da mesa, sob a coordenação da secretária municipal de Educação, Araceli Lemos, contou com as presenças do vice-reitor da Universidade Federal do Pará (UFPA), Gilmar Silva; da representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Carol Velho; do presidente do Conselho Municipal de Educação (CME), Alberto Damasceno; e do diretor-geral e diretora de Educação da Semec, Laurimar Matos e Jaqueline Rodrigues, respectivamente.
“Desejamos uma boa e proveitosa jornada e um feliz 2024 letivo para que possamos continuar avançando nas políticas de educação para Belém. O momento é de planejar, avaliar o muito que fizemos e o que ainda precisamos fazer, olhar para futuro, cuidar das nossas crianças para uma formação cidadã”, ressaltou a titular da Semec, Araceli Lemos, ao saudar os participantes do encontro.
“É uma atividade importante de acolhimento aos professores antes do início do ano letivo, para alinhamento entre todas as escolas. Além da formação continuada, recebemos orientações assertivas para nossa relação cotidiana escolar sobre os mais diversos temas, como educação antirracista, mudanças climáticas e outros assuntos pertinentes que devem permear os debates nas unidades de ensino”, avaliou a diretora da Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental (EMEIF) Parque Amazônia, Socorro Trindade.
Educação ambiental nas escolas assegura direitos sociais na comunidade
A primeira atividade do dia foi o debate com o tema “A Sustentabilidade Ambiental como Direito Social”, ministrada pela professora Ludetana Araújo, da UFPA. A ideia é engrossar o coro em defesa de práticas sustentáveis no espaço escolar, com a participação da família e da comunidade do entorno da unidade de ensino. “Nossas escolas devem trabalhar sob a ótica da sustentabilidade pedagógica e educacional”, pontuou Ludetana.
De acordo com a professora, a falta de sustentabilidade compromete a garantia de direitos sociais assegurados na Constituição Federal. “Sem o hábito de cuidar do nosso meio ambiente, dissemina-se a pobreza, a fome, a poluição ambiental, a saúde precária, o desemprego, dentre outras mazelas”, apontou Ludetana, ao completar dizendo que "o envolvimento comunitário na promoção dos direitos sociais e ambientais é fator primordial”.
Programação
No período da tarde, das 14h às 17h, a pauta vai destacar a importância da educação integral e decolonial, envolvendo a educação inclusiva em todos os âmbitos, com palestras dos professores Lourival Nascimento, Edson Kayapó, Geldes Castro e da professora Antônia Brioso.
Às 18h, a Coordenadoria de Educação de Jovens, Adultos e Idosos (Coejai) promove uma roda de conversa que pauta a educação de jovens, adultos e idosos e suas múltiplas identidades, sob a organização do professor Miguel Picanço, coordenador da Coejai.
As atividades seguem na sexta-feira, 19, com avaliação da educação infantil e nas escolas cicladas, avaliação da aprendizagem nas totalidades. Conselho de Ciclo e apresentação do projeto da 76º Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).