O Terminal Mangueirão é a primeira obra municipal de Belém a utilizar água da chuva para uso não-potável. O sistema de captação de águas pluviais representa uma redução considerável nos custos de manutenção do local. Os demais terminais que integrarão o sistema BRT em suas fases iniciais – o Tapanã e o Maracueura – também terão essa característica.
O sistema de reuso da água das chuvas traz enormes benefícios, além da redução do custo de manutenção destes prédios. A economia de água não é a única vantagem desta prática. Com a captação, o próprio sistema de drenagem do entorno é aliviado, prevenindo alagamentos. A qualidade da água captada, mesmo sem passar por tratamento, é suficiente para sua utilização em torneiras, vasos sanitários, etc.
“Belém tem uma abundância de chuvas, então, faz todo o sentido a aplicação de sistemas como este, que devem se tornar padrão de agora em diante em todas as obras realizadas pela Prefeitura de Belém”, explica o engenheiro da Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb) e fiscal das obras do BRT, Ademir de Souza Pereira.
A captação das águas pluviais em prédios e obras públicas já é padrão em muitos países. No Brasil, cada vez mais cidades incluem em sua legislação a obrigação de incluir estes sistemas em suas edificações. No início de fevereiro, Florianópolis foi a mais nova capital a aprovar a inclusão do sistema de captação de água para obras com mais de 200m². A decisão foi inclusa no Código de Obras e Edificações.