Gestores públicos, representantes de povos e comunidades tradicionais e movimentos sociais, além de pesquisadores, acadêmicos e representantes de organizações internacionais estão reunidos de hoje, 27, até quinta-feira, 30, em um evento internacional sobre proteção social que inclui representantes de oito estados brasileiros e oito países.
O Seminário Pan-Amazônico de Proteção Social é organizado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA), em parceria com o Banco Mundial e Unesco, e apoio da Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda do Pará (Seaster), Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ), da Iniciativa Brasileira de Aprendizagem por um Mundo sem Pobreza - WWP, Marinha do Brasil e Prefeitura de Belém.
Na abertura do evento, nesta segunda-feira, no Hotel Princesa Louçã, diversas autoridades deram as boas vindas aos participantes e falaram da importância da realização do seminário na região amazônica. O objetivo do encontro é promover o compartilhamento de saberes e experiências sobre proteção social no contexto amazônico entre os países da região.
O prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, destacou as riquezas da região e de seu povo para que sejam levados em conta nos debates. “Belém acolhe com muita satisfação esse seminário e seus participantes, por este evento ter, para nós, um significado extraordinário. Primeiro por trazer para a região amazônica o debate sobre as suas necessidades, problemas e a busca de soluções. Segundo, por trazer representantes de países e instituições muito fortes no cenário internacional, com um olhar diferente para a região, passando a analisar a Amazônia a partir da sua gente”, destacou o prefeito.
Para ele, o foco do debate proposto, que coloca a proteção social como parte do processo de proteção natural e ambiental, também é de grande relevância. “Só é possível conceber a inclusão social se houver inclusão econômica, assim como, para a proteção social é preciso haver o respeito a identidade cultural do povo da Amazônia, que comporta diversas ‘amazônias’ dentro de um espaço gigantesco”, frisou Zenaldo.
De acordo com o ministro de Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra, esse é o momento ideal para realizar o seminário na região. “No momento em todo o mundo está voltado para a agenda 2030, temos a obrigação de discutir a proteção social na Amazônia , onde ainda predomina a vulnerabilidade social e a miséria. Queremos, com isso que a região e o Pará possa ter os avanços necessários a partir do que discutiremos aqui”, destacou o ministro.
O governador do Estrado, Simão Jatene também ressaltou a realização do seminário no Pará e falou da expectativa de que ele traga renovação da forma de olhar para a Amazônia e uma nova agenda de busca de solução de problemas. “A nossa região é vista a partir de muitos mitos, como o ‘inferno verde’, ‘celeiro do mundo’, ‘santuário da natureza’, o que não tem contribuindo para ver a região como ela é. Temos aqui um grande eixo prestador de serviços ambientais em escala planetária, mas que também tem que ser base material para a vida digna das pessoas que vivem aqui”, disse o governador.
Segundo a oficial de projeto da Unesco no Brasil, Rosana Esperandio. “Pra nós é motivo de muito orgulho ser parceira do MDSA na realização desse seminário. Há muitos anos temos trabalhado pela melhoria da qualidade de vida do povo brasileiro a partir da promoção da inclusão e do desenvolvimento social. Por meio das ações de cooperação técnica temos contribuído para as conquistas sociais e a proteção social para que cada vez mais cidadãos tenham acesso a esses direitos”, destacou.
Participaram ainda da mesa de abertura do evento, a secretária Nacional de Assistência Social, Carminha Abrantes; a deputada federal, Alcione Barbalho; secretária estadual de assistência social, trabalho e renda, Ana Cunha; o diretor do Banco Mundial para o Brasil, Martin Raiser; adida de cooperação técnica da Embaixada da França, Alexandra Lias; o comandante do 4º Distrito Naval, Alípio Lopes Rodrigues; a coordenadora das mulheres na Comissão Nacional de Favorecimento das Reservas Exatrativistas, Celia Regina Fafacho; , diretor das alianças globais da Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ), Christopher Kester.