Um encontro que reuniu representantes da Prefeitura de Belém, do Ministério Público do Estado e do Colegiado das Escolas de Samba de Belém na última quinta-feira, 17, na Companhia de Desenvolvimento e Administração da Área Metropolitana de Belém (Codem), iniciou o planejamento para a realização dos desfiles de escolas de samba no Carnaval 2018, que vai contar com parcerias entre o poder público e a iniciativa privada.
O prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, presente à reunião, garantiu aos representantes das escolas de samba que o desfile de avenida vai ser realizado. “O que pensamos e estamos trabalhando é com a ideia de que a Prefeitura de Belém não é a dona do Carnaval. Estamos ajustando a premissa de que esse evento seja feito em uma modelagem de cogestão entre as escolas e a iniciativa privada, e para isso os dirigentes das escolas de samba já se movimentam em buscar essas parcerias. E que nós, como poder público, vamos ajudar a concretizá-las da melhor maneira possível”, explicou o prefeito.
O Colegiado das Escolas de Samba de Belém, a Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel)e a Coordenadoria Municipal de Turismo (Belemtur) estão à frente das reuniões que definem os rumos do Carnaval do próximo ano, que passam também por encontros com a Promotoria de Meio Ambiente e Patrimônio Cultural do Ministério Público, cujo titular, Benedito Wilson Sá, também participou da reunião desta quinta-feira.
Leis de incentivo - “Nosso papel é intermediar as reuniões entre os presidentes das escolas de samba e o e poder público municipal no sentido de agendar entendimentos para que o Carnaval de Belém seja realizado da melhor forma. Neste momento, estamos primeiro estudando as leis que versam acerca do carnaval e as leis acerca de subvenções, e já estamos agendando compromissos com a comunidade para que esse impasse seja resolvido rapidamente”, informou o promotor.
Para a presidente da Fumbel, Eva Franco, há um esforço da Prefeitura de Belém para que o Carnaval seja realizado no ano que vem. “Há todo um apoio da Prefeitura, em uma ação conjunta para que esse evento seja um dos melhores já feitos em Belém”, enfatizou a presidente.
Representantes de oito escolas de samba Belém do Grupo Especial – Rancho Não Posso Me Amofiná, Quem São Eles, A Grande Família, Piratas da Batucadas, Bole Bole, Escola de Samba da Matinha, Deixa Falar e Xodó da Nega – que estavam na reunião, estão unidos na ação de que o desfile das escolas de sambas, que deixou de ser realizado em 2017 por conta da grave crise financeira que atingiu diretamente a arrecadação e o repasse de recursos à gestão municipal, volte às ruas de Belém, e estão buscando apoio por meio de leis de incentivo à cultura, como a Lei Rouanet, do governo federal.
“Desde o início deste ano, depois que ficamos sem o desfile, passamos a ter reuniões entre nós para ajustarmos sobre qual é a nossa representatividade perante a sociedade paraense. A partir desse ponto, passamos a ter reuniões com os órgãos que trabalham nesse segmento, como Ministério Público, Fumbel, Secretaria de Cultura e outros. Precisamos ter a convicção de que haverá o desfile de avenida, o desfile de enredo. Estamos trabalhando para que isso ocorra, e nesta reunião o prefeito empenhou a palavra dele de que vai haver Carnaval”, esclareceu Gláucio Sapucaí, um dos representantes do Colegiado das Escolas de Samba de Belém.
As reuniões entre os representantes das escolas de samba, Fumbel e Belemtur serão intermediadas pelo Ministério Público de agora em diante. A Prefeitura de Belém se comprometeu, após a regulamentação do projeto, com o modelo pronto para a realização do Carnaval e com base nas leis de inventivo cultural, em entrar em campo para firmar as parcerias necessárias com a iniciativa privada e empresariado, num esforço coletivo para que o evento seja concretizado.