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Belém é o primeiro município do Norte a implantar o programa “Atletas Jovens”

Foto: Oswaldo Forte
Belém é o primeiro município do Norte a implantar o programa “Atletas Jovens”
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Belém é o primeiro município do Norte a implantar o programa “Atletas Jovens”

Programa amplia a estrutura da rede de inclusão e estimula os estudantes por meio do esporte

As políticas de inclusão do município de Belém acabam de ganhar um reforço. A cidade tornou-se a primeira da região Norte a implantar o programa “Atletas Jovens”, voltado para a inclusão de crianças e adolescentes com deficiência intelectual. Fruto de uma parceria entre Prefeitura de Belém, Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e Fundação Olimpíadas Especiais, o programa beneficiará 120 estudantes da rede municipal de ensino. O lançamento ocorreu nesta quarta-feira, 14, no Campus III da Universidade Estadual do Pará (Uepa), e contou com a presença do prefeito Zenaldo Coutinho.

O prefeito ressaltou que o novo programa vem somar-se a outras iniciativas da gestão municipal no intuito de estruturar cada vez mais a rede de inclusão na cidade, abrangendo ilhas e distritos. A Prefeitura de Belém atende, atualmente, com educação diferenciada, mais de duas mil crianças com deficiência.

“Essa é uma iniciativa que precisa ser enfatizada, reiterada, multiplicada, porque nós precisamos incluir cada vez mais as nossas crianças, principalmente em uma sociedade que ainda discrimina, ainda tem preconceito, ainda afasta. Uma sociedade feliz é uma sociedade em que todos têm a oportunidade de serem bem tratados e bem incluídos”, destacou o prefeito Zenaldo Coutinho.

Os alunos integrantes do programa “Atletas Jovens” receberão treinamento voltado para a prática esportiva com uma equipe multiprofissional formada por fisioterapeutas, educadores físicos especializados na área inclusiva, psicólogos e psicopedagogos. Os resultados poderão ser conferidos durante a participação deles nos Jogos Escolares Municipais, que acontecerá de 1 a 5 de setembro deste ano.

“Através desse programa pretendemos não só descobrir novos talentos, mas principalmente dar formação continuada para os nossos professores, que atuam com essas crianças e adolescentes”, explicou a coordenadora do Centro de Referência em Inclusão Educacional Gabriel Lima Mendes (Crie), Denise Costa.

Na abertura do evento, as famílias e crianças receberam também avaliações na área de fonoaudiologia, saúde bucal e nutricional, além de participar de atividades esportivas.

A técnica em enfermagem Alba Altina Paz de Souza, de 47 anos, é mãe da menina Aline Paz de Moraes, de 6 anos, que nasceu com síndrome de down. Alba sabe que com incentivo e estímulo, a filha pode chegar aonde quiser. Por isso, faz questão de “abraçar” os programas e projetos que tem surgido na vida da menina na escola municipal de Educação Infantil Alana Barbosa, no bairro do Coqueiro, onde Aline estuda.

“Ela é esperta, interessada, adora dançar, adora esportes, e sei que ela tem tanta capacidade quanto qualquer outra criança dita normal. Eu fico feliz que ela tenha mais essa oportunidade com esse programa, quem sabe ela não se torna uma futura atleta”, declarou sorrindo a mãe de Aline.

A tia de Duan Miguel Vilhena, de 7 anos, Lena Cláudia Nóbrega, define o sobrinho, que nasceu com síndrome de down, como um leitor assíduo e atento, e muito esperto para a idade. Acredita que o programa trará novas oportunidades para a vida de Duan.

“Ele não é tão ligado em esportes. Gosta muito de livrinho, de historinhas, mas tenho certeza que participar desse programa vai ser importante pra ele, vai se divertir muito e aprender”, disse Lena.

Para o coordenador do Unicef na região Norte, Fábio Atanásio, a parceria com a Prefeitura de Belém na implantação do “Atletas Jovens” é vista com entusiasmo pela organização, e deve garantir ainda mais oportunidades futuras para estes jovens.

“Historicamente a primeira infância é quem tem tido os maiores gaps – lacunas - na atenção de ações político-pedagógicas. E, evidente que uma ação como essa terá um encadeamento positivo na medida que você começa a estimular um conjunto de competências, cognitivas e motoras, desde a primeira infância”, enfatizou.

Inclusão – Para garantir educação inclusiva para mais de duas mil crianças com deficiência, a Prefeitura de Belém conta atualmente com nove programas e projetos entre eles o “Rios de Inclusão”, que prioriza o atendimento de pessoas com deficiência, garantindo acesso à educação, saúde e assistência social; o “Ciranda da Família”, que realiza atendimentos às famílias de estudantes com deficiência; o “Artes Cênicas Expressão e Inclusão”, que insere os alunos da rede municipal em atividades de arte e esporte, com o apoio de mestres em artes cênicas; o projeto “Talentos Paralímpicos”, em parceria com a Uepa, com três vezes por semana de atividades físicas; e as “Blitz da inclusão” que sensibilizam a população por meio de aulões de libras e braile.

“A sociedade mais sadia e mais democrática é aquela que atende seus cidadãos em situação de vulnerabilidade. Um grande indicador de saúde cidadã é quando você vê o serviço público municipal trabalhando para incluir e atender com especialização as crianças que estão em situação de vulnerabilidade e têm necessidades diferenciadas”, ressaltou o secretário Municipal de Educação, Marcelo Mazzoli.

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