Amor, carinho, atenção e diversão fazem parte da rotina do Centro Dia de Referência para Pessoas com Deficiência Carlos Jorge Mendes de Souza (Centro Dia), espaço mantido pela Prefeitura de Belém, por meio da Fundação Papa João XXIII (Funpapa), que executa o serviço de proteção social para Pessoas com Deficiência (PcD).
Criado em 2013, o local atende pessoas com qualquer tipo de limitação, seja ela auditiva, intelectual ou física. As famílias e o usuário passam, primeiramente, por uma avaliação com a equipe psicossocial, para depois receber o atendimento.
A demanda é espontânea, ou seja, não é necessário o encaminhamento de outro lugar, explica a coordenadora do espaço, Ingrid Van Der Ven. “A função é atender às pessoas com deficiência e suas famílias. Aquelas situações em que as pessoas se encontram em isolamento social e famílias que não têm suporte”, explica.
A autônoma Maria Queiroz sai todo dia da sua residência, no bairro do Guamá, para levar a filha mais nova, Bárbara, até o Centro Dia. “Ela começou aqui em janeiro deste ano. Procurei o Centro para ajudar na evolução dela”, conta.
A mãe já percebe certa independência da filha e se emociona com cada conquista. “Ela já faz as coisinhas dela, me ajuda em casa e conversa um pouquinho. Já a deixei vir sozinha do canto da rua até o Centro. É muito importante para ela essa evolução” fala emocionada.
Atividades - O dia a dia dos 18 atendidos pelo Centro Dia é composto por atividades corporais, grupais e pedagógicas, tudo planejado pela equipe do espaço. Elas são divididas em Atividades de Vida Diária (AVD), que envolvem a aprendizagem de tarefas como a higiene pessoal e alimentação; e as Atividades Instrumentais (AIVD), que incluem o gerenciamento do lar, como lavar louça, administrar dinheiro, varrer, entre outras coisas.
A equipe que atende aos usuários é formada por pedagogos, assistente social, psicóloga, terapeuta ocupacional e educadores. O foco do trabalho é o desenvolvimento dos usuários, explica Vanessa Furtado, terapeuta ocupacional do espaço. “Essas atividades promovem a autonomia, a independência e o empoderamento das pessoas, minimizando as situações de vulnerabilidade tanto os usuários quanto a famílias enfrentam no dia a dia”, destaca.
As expressões de carinho e afeto são vistas em cada gesto. A amizade com os servidores e colegas, alegra Mariana Aparecida, de 47 anos, que tem deficiência intelectual e frequenta o espaço há dois anos. “Eu gosto de fazer bolo, brigadeiro, pizza, jogar vôlei. Eu faço tudo com os meus amigos”, disse.
Para a coordenadora do espaço, o Centro Dia é um local de aprendizado para todos. “Quando a gente chega para trabalhar com eles, a gente só aprende. É um trabalho que contribui para o crescimento deles e também nosso”, destacou Ingrid Van Der Fen.
Atendimento - O Centro Dia funciona de segunda a quinta-feira, das 8h às 16h, e fica localizado na travessa Nove de Janeiro, entre as avenidas Gentil Bitencourt e Conselheiro Furtado.
