Misturando teatro, música, performance e dança, o espetáculo ‘Antes que Você me Mate’ traz, ao público, reflexões importantes sobre a violência contra a mulher. O espetáculo acontece nos dias 12 e 13 de setembro, às 20h, com entrada gratuita, e é realizado pela Companhia de Teatro e Arte (Cia ARTEA).
Com idealização, direção e produção geral de Jéssica Ribeiro, o espetáculo busca, também, dar visibilidade e oportunidade aos fazedores de arte de Belém. “A ideia surgiu a partir de vivências, desde o âmbito familiar até as relações externas, e de uma inquietação muito profunda e pessoal. O objetivo é conscientizar a população sobre as violências e abusos que mulheres sofrem, principalmente nos interiores do Pará. Além disso, buscamos também fortalecer essas vozes e celebrar a resistência feminina. Então, surgiu a necessidade de trazer essas questões para o palco como forma de denúncia e reflexão”, reforça Jéssica Ribeiro, diretora do espetáculo”, explicou, Jéssica Ribeiro.
A equipe técnica e o elenco do espetáculo são conduzidos majoritariamente por mulheres artistas paraenses que se destacam no cenário regional. “Ter uma equipe composta por mulheres incentiva cada vez mais o protagonismo feminino no Pará, fazendo com que outras produções possam inserir mais mulheres em seus espetáculos. Não somente no teatro, mas também no mercado artístico em geral, como no cinema, na música e até no corporativo”, declara Jéssica Ribeiro.
Atrizes selecionadas
Em fevereiro, a Cia. ARTEA realizou uma audição aberta à comunidade, com o objetivo de democratizar o acesso à arte, na qual mais de 70 mulheres se inscreveram na seleção. As artistas escolhidas foram: Ângela Gabriela, Izabella Pantoja, Kamilla Pavão e Paula Basttos, que formam o elenco do espetáculo.
“Quando eu vi a seleção, enxerguei uma oportunidade de ter uma nova experiência teatral. Resolvi mergulhar na audição, me dediquei, estudei, montei a cena e fiquei na esperança de ser escolhida. Quando fui selecionada, fiquei superfeliz! Falar sobre esse tema dentro do teatro é de extrema importância para levar informação e conscientização às pessoas. Agora, na reta final, com toda certeza, já não sou mais a mesma do início do projeto. Estou mais madura, tanto como personagem quanto no meu olhar para o projeto”, compartilha a atriz e pesquisadora Ângela Gabriela.
Preparação
Durante seis meses, as atrizes selecionadas passaram por um processo de preparação e construção do espetáculo, estudaram o tema, participaram de laboratórios corporais e se aprofundaram de forma intensa nas narrativas que compõem o espetáculo. “O processo de construção foi muito gratificante, principalmente pelo cuidado da equipe em nos transportar para esse ambiente, que é real, e pela construção das personagens. Partindo da imersão nas personagens até todas estarem aptas a levar ao palco tudo o que foi ensinado. Estou ansiosa para apresentar, ao público, o resultado do nosso projeto”, compartilha Kamilla Pavão, atriz, bailarina e pesquisadora.
Para a atriz Paula Basttos, o espetáculo tem um caráter formativo e comunicativo, pontos fundamentais para a conexão que será criada com o público. É uma temática extremamente atual e necessária de ser trabalhada. A forma como estamos conduzindo o processo abre um leque diversificado para o público que for assistir. Eles terão uma relação de comunicação e conexão entre as histórias, entre as intérpretes, entre a direção e tudo o que está sendo construído”, diz Paula Basttos, que integra o elenco do espetáculo.
Ingressos
Como ferramenta de comunicação e disseminação de conhecimento, o projeto urge uma necessidade de alcançar diversos públicos. Pensando nisso, a Cia. ARTEA apresenta o espetáculo de forma gratuita para que toda comunidade tenha acesso ao espetáculo. O ingresso pode ser retirado na bilheteria no teatro, ou online clicando aqui.
“A gratuidade vem para romper as barreiras financeiras e democratizar o acesso à arte. Além disso, foi pensando também nas mulheres, principalmente nas socialmente vulneráveis, para que todas possam ir e que não haja barreiras financeiras”, reforça Jessica Ribeiro.