Com o objetivo de compartilhar experiências de arquivos entre instituições públicas, servidores públicos e entidades da sociedade civil, ocorreu nesta quinta-feira, 19, do 1º Seminário de Arquivo de Belém - Preservando e Democratizando a Memória, promovido pela Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Administração (Semad).
O encontro foi realizado no auditório do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA), compus Belém, no bairro do Marco, e contou com a presença de diversos profissionais palestrantes do segmento da arquivologia, e de universitários e pesquisadores da área.
Também foi intuito do encontro reunir experiências de diversos arquivos municipais do Brasil, para ajudar na implantação do Arquivo Municipal de Belém, um projeto ambicioso da Prefeitura de Belém que está sendo viabilizado pela Semad.
“Essas relações institucionais mostram o nosso objetivo de fortalecimento do serviço público e da memória política, econômica e cultural do povo de Belém. Com isso, queremos partilhar experiências de diversos arquivos na construção do nosso. Queremos que o Arquivo Municipal tenha um caráter permanente e de longa duração”, explica a secretária de Administração de Belém, Jurandir Novaes.
O encontro contou com a participação de diversos servidores públicos municipais que trabalham nos arquivos ou departamentos de documentação de suas secretarias ou órgãos de orientem, de universitários e de cidadãos interessados pelo assunto.
Esse foi o caso da servidora da Companhia de Desenvolvimento e Administração das Áreas Metropolitanas (Codem), Claudete da Silva, que atualmente trabalha na Unidade de Arquivo Fundiario do órgão.
“Esse seminário é um incentivo muito grande para nós, servidores. A partir do momento em que se oferece a oportunidade para o servidor adquirir conhecimentos e experiências de outros colegas isso nos ajuda no trabalho de preservação em nosso ambiente de trabalho”, ressalta a servidora municipal Claudete da Silva sobre a importância do Seminário de Arquivo.
Ao longo desta quinta-feira, 19, ocorreram várias palestras e mesas de debate a respeito do trabalho do profissional de arquivologia e do papel do Arquivo Municipal para a cidade de Belém. A Semad convidou vários especialistas da área para partilharem os seus conhecimentos e vivências profissionais com os servidores municipais e universitários dos cursos de arquivologia e biblioteconomia presentes.
O universitário do curso de arquivologia da Universidade Federal do Pará (UFPA), Carlos Igor Silva, foi um dos estudantes que participaram das atividades do 1° Seminário de Arquivologia da Prefeitura de Belém.
Segundo o estudante, “a importância dos arquivos não é tão valorizada e difundida para a população, porém é necessária já que com eles se valoriza e preserva a memória de cidades e do povo, além de ajudar a entender nosso passado”.
O evento contou com a parceria de diversas intuições, dentre elas do Arquivo do Estado do Pará, da Associação de Arquivistas do Estado do Pará (AAEPA) e da Universidade do Federal do Pará (UFPA), por meio dos cursos de biblioteconomia e arquivologia.
“A faculdade de arquivologia não tem medido esforços para trabalhar junto à prefeitura em tentar impulsionar a arquivologia em Belém. A gente entende que a criação do arquivo é o primeiro passo na institucionalização da profissão dentro da prefeitura de Belém. Esse é um momento de celebração, mas de muito trabalho também”, diz o diretor do curso de Arquivologia da UFPA Fernando de Assis Rodrigues.
Encerramento - O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, encerrou o evento no final da tarde desta quinta-feira, 19, e destacou a importância da memória para a população. “O seminário vai dar origem à formalização de um órgão, coordenado pela Semad, mas que vai conter, guardar e preservar a memória do poder público municipal e outras memórias que têm relações políticas do estado na esfera municipal", disse.
Memória e identidade - "O debate, aqui, envolveu estudantes de história, de arquivologia, museologia, biblioteconomia, dirigentes das universidades, cientistas, pesquisadores da área, dirigentes de órgãos municipais, de órgão federais, universidades, convidados do Rio de Janeiro, São Paulo e outras cidades, que trouxeram as experiências do que realizaram na implantação de arquivos públicos municipais", destacou.
"Um povo sem memória é um povo sem identidade e está predestinado à desgraça. Nós queremos um futuro socialmente justo, ecológico, equilibrado, democrático, feliz, e é por isso que investimos na preservação da nossa memória”, finalizou o prefeito de Belém.
