Uma palestra mobilizou servidores do Instituto de Previdência e Assistência do Município de Belém (IPAMB) na manhã desta quarta-feira,25. A biomédica Izaura Souza, coordenadora do Laboratório Sabin, que presta serviços para o Instituto, falou sobre a necessidade de prevenção do câncer de próstata. A iniciativa faz parte da Campanha Novembro Azul, promovida pela Coordenadoria de Programas Especiais do IPAMB. “A mensagem que deixo aqui é o que faz a diferença é se antecipar”, disse a biomédica. Ela informou que 90% dos casos de câncer de próstata são curáveis e descobrir cedo a doença depende apenas dos homens. Se diagnosticado precocemente, o tratamento é quase sempre de natureza cirúrgica. Se em estágio avançado, além da cirurgia, pode envolver radioterapia e tratamento hormonal.
Izaura Souza explicou que a doença não apresenta sintomas na fase inicial. Quando o câncer de próstata começa a dar sinais, a doença já está avançada. Quem tem casos de câncer na família deve ficar em alerta para a doença. E a população negra e afrodescendente, que é a mais afetada por este tipo de câncer, precisa redobrar a atenção.
Para a biomédica, os homens devem seguir o exemplo das mulheres e passar a examinar a saúde sexual anualmente. Ir ao urologista todo ano é o primeiro passo. Na consulta, o médico rastreará os fatores de risco, fará o toque retal, que avaliará o volume, a consistência, a presença de irregularidades, a sensibilidade e a mobilidade da próstata e pedirá do exame que detecta no sangue o antígeno prostático específico (PSA). Os dois exames – o toque e o PSA - bastam para diagnosticar o câncer, que deve ser confirmado por biópsia.
O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, perdendo apenas para o câncer de pele não melanoma. É o sexto tipo mais comum no mundo, representando 10% do total de cânceres. Segundo Izaura, são diagnosticados mais de 50 mil casos por ano, com mais de 12 mil mortes. É considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. Cinquenta por cento dos casos atingem pessoas acima dos 40 anos.