Com o objetivo de identificar e eliminar possíveis focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika , a Prefeitura de Belém realizou mais uma ação conjunta com a Cruz Vermelha Pará, na manhã deste sábado, 22. Foram feitas visitas em mais de 40 residências denunciadas pela população ao Disque Endemias, da Secretaria Municipal de Saúde.
Uma equipe dividida em cinco duplas realizou as visitas domiciliares nos bairros do Marco, São Brás, Batista Campos, Nazaré, Umarizal, Cidade Velha e Comércio. Entre as primeiras residências visitadas no Marco estava a da dona de casa Marluce Cantalic, de 66 anos, que diz tomar os devidos cuidados para evitar o surgimento de focos do mosquito em sua casa. “Eu tenho muito cuidado. Sempre jogo água sanitária nos ralos dos banheiros e evito qualquer água parada”, disse. “Moro com dois idosos, então faço de tudo para evitar focos em minha casa, mas sempre gosto de receber orientações pra ver se não estou errando em algo”, completou.
A casa de Marluce foi visitada porque o seu vizinho foi identificado com suspeita de dengue. “As denúncias que recebemos são tanto de possíveis focos de Aedes como de suspeitas de dengue, chikungunya e zika. Por isso precisamos fazer a visitação no entorno para poder identificar de onde vem a proliferação”, explicou o coordenador do Programa Municipal de Combate à Dengue, Tadeu Moraes.
Durante a visita, os agentes de endemias e voluntários explicam cada detalhe que o morador deve observar para evitar a proliferação do mosquito. “Procuramos orientar as pessoas que tem o costume de reservar águas que, não basta trocar a água com frequência, deve lavar as vasilhas com sabão antes de reservar novamente. Alguns outros locais também passam despercebidos, como debaixo da pia , que pode ter algum tipo de vazamento e a água acumulada pode se tornar um foco do mosquito”, disse o agente de endemias Luís Antonio Monteiro.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, de janeiro de 2016 até 23 de maio, já foram confirmados nove casos de zika em mulheres gestantes e 395 casos de dengue. “Por mês recebemos a média de 300 a 400 denúncias no Disque Endemias, mas nesse último mês vem reduzindo, acreditamos que devido a redução das chuvas”, enfatizou Tadeu Moraes.
A parceria com a Cruz Vermelha começou em março e contribui na intensificação das visitas domiciliares aos sábados. “Fiquei muito surpreendida quando vi que a secretaria de saúde daqui capacitou os nossos voluntários para fazer as visitas. Em outros lugares do Brasil eles só fazem o trabalho de educação e orientações, mas aqui eles vistoriam e sabem trabalhar com o larvicida”, destacou a coordenadora das filiais da Cruz Vermelha Brasil, Anete Teixeira.
No momento, cerca de 800 agentes e 30 voluntários da Cruz Vermelha estão atuando no trabalho de combate ao mosquito Aedes aegypti. Os profissionais são qualificados para identificar e eliminar possíveis focos, identificar casos suspeitos e, principalmente, orientar a população a evitar a proliferação do mosquito, inclusive com denúncias pelo Disque Endemias.
O Disque Endemias (3344-2466), da Divisão de Controle de Endemias da Sesma está à disposição da população para solicitações de vistorias ou denúncias de locais propícios à proliferação do Aedes.