Pesquisar

Prevenção contra vetor da febre amarela é reforçada no Bosque Rodrigues Alves

Foto: Oswaldo Forte
Prevenção contra vetor da febre amarela é reforçada no Bosque Rodrigues Alves
Prevenção contra vetor da febre amarela é reforçada no Bosque Rodrigues Alves
Prevenção contra vetor da febre amarela é reforçada no Bosque Rodrigues Alves
Prevenção contra vetor da febre amarela é reforçada no Bosque Rodrigues Alves
Prevenção contra vetor da febre amarela é reforçada no Bosque Rodrigues Alves
Prevenção contra vetor da febre amarela é reforçada no Bosque Rodrigues Alves

A veterinária do Bosque Katiany Galo esclarece que os macacos não são capazes de transmitir a febre amarela. "Quem transmite a doença são os mosquitos, não os macacos. Eles são tão vítimas quanto a gente”, alerta.

O Bosque Rodrigues Alves é o habitat de 50 macacos que recebem cuidados diários e são submetidos a um rígido controle de saúde. Duas veterinárias fazem o monitoramento desses animais e uma equipe de endemias da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) vai ao espaço a cada 15 dias para verificar se há algum ponto de alagamento ou foco de mosquito que possa causar doenças. Após a confirmação da morte recente de um macaco no Parque Ambiental do Utinga, em Belém, contaminado pelo vírus da febre amarela, todos os cuidados foram intensificados no Bosque, já que não existe imunização específica para esses animais, que são tão vítimas quanto os seres humanos da doença.

“As pessoas não devem ter medo dos macacos. Eles não são transmissores da febre amarela. E quando adoecem são um alerta para a população do local. Quem transmite a doença são os mosquitos, não os macacos. Eles são tão vítimas quanto a gente”, afirma a veterinária do Bosque Katiany Galo.

De acordo com ela, o Bosque não apresenta registro de morte de macacos há bastante tempo e todos se encontram saudáveis. “Nós tomamos todos os cuidados básicos de não deixar água acumulada, lixo acumulado, ou seja, tudo aquilo que atrai o mosquito Aedes Aegypti, que na área urbana é o transmissor da febre amarela, além de zika, dengue e chikungunya”, explica a veterinária, que ressalta que é uma exigência do espaço a manutenção da carteira de vacinação atualizada de todos os funcionários.

A única preocupação da equipe do Bosque em relação aos macacos ainda é a insistência da população em alimentá-los, o que é expressamente proibido. “A gente sempre orienta que é proibido dar qualquer tipo de comida para eles, mesmo que sejam frutas, pois eles podem adoecer. Eles recebem alimentação balanceada todos os dias e acompanhada de perto pela equipe da fauna. Mas infelizmente muitas pessoas ainda desrespeitam essas orientações”, afirma Katiany Galo.

A afirmação da veterinária pode ser facilmente comprovada até por quem passa próximo ao Bosque. Na quinta-feira, 2, uma senhora arremessava bananas para os macacos do meio da pista da avenida Romulo Maiorana, enquanto os carros desviavam para passar pela via. Quando questionada sobre o motivo de fazer aquilo e colocar a vida dos animais em risco – já que os macacos iam para a área externa em busca dos alimentos lançados –, a resposta foi o silêncio. Mas a atitude inadequada continuou sendo reproduzida. E as frutas que antes eram arremessadas na pista, agora passavam a ser lançadas para dentro do Bosque, o que continuava sendo indevido.

“Eles só vão para a área externa se as pessoas os atraírem com alimentos. Se não, eles não saem. Por isso insistimos em pedir que não os alimentem indevidamente. Nossa equipe também faz palestras educativas no entorno, mas precisamos contar com o apoio da população”, ressalta a veterinária.

Prevenção – De acordo com o médico do Centro de Controle de Zoonoses Roberto Brito, apesar da importância da imunização para que as pessoas possam circular tranquilas por outros Estados aonde haja registros da doença – como Minas Gerais e Espírito Santo –, é muito improvável que um macaco do Bosque Rodrigues Alves também seja acometido pela febre amarela silvestre.

“Não existem registros de febre amarela urbana no Brasil desde 1942 – transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti. O que acontece agora no país é um surto da febre amarela silvestre, aquela que é transmitida apenas por mosquitos Haemagogus e Sabethe, que são aqueles que vivem em matas fechadas. É improvável que um mosquito desses atravesse a cidade porque esse não é o habitat deles”, esclarece o médico.

No entanto, Brito ressalta a importância da imunização. “Vacinar é muito importante, independentemente do momento. A imunização está disponível o ano todo na rede municipal”, afirma.

Vacina - As unidades de saúde com sala de vacina do município de Belém funcionam normalmente, de 8h às 17h, com todas as vacinas que compõem o calendário nacional de imunização, incluindo a vacina da febre amarela. Em 2016, foram 71.195 pessoas imunizadas contra a doença em todo o estado.

A vacina é indicada para crianças com mais de 9 meses e adultos com menos de 60 anos. Sendo que bebês de 9 meses podem tomar a primeira dose e um reforço aos 4 anos de idade. Já para os adultos, duas doses, com intervalo de 10 anos, são suficientes para imunizar.

Nenhuma tag relacionada.

Relacionadas: