Durante a tarde desta quarta-feira, 12, cerca de 60 alunos das escolas Walter Leite Caminha e Honorato Filgueiras, visitaram, pela primeira vez, o complexo turístico-cultural da Estação das Docas.
O passeio faz parte do projeto “Escola vai à Estação das Docas”, iniciativa da própria Estação, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação (Semec). De acordo com a orientadora de público do local, Aline Lima, o projeto existe desde 2013 e já beneficiou mais de 8 mil estudantes.
“Nós queremos ampliar ainda mais esse número de estudantes, pois compreendemos que as atividades extraclasses vêm fortalecer os aprendizados teóricos vistos em sala de aula”, justificou Lima. “Aqui explicamos a história do espaço desde quando ele era um porto. Além disso, mostramos a riqueza dos detalhes encontrados aqui, preservados desde a revolução industrial”.
O momento diferenciado, pensado para trazer enriquecimento histórico e cultual, encantou muitos estudantes diante da Baía do Guajará pela primeira vez.
Graziela Souza, 12 anos, aproveitou os 500 metros de orla da Estação para contemplar as belezas do lugar e participar de atividades de conhecimento e diversão. “Não tem como esconder o entusiasmo em estar aqui dividindo este momento com os meus colegas, já que meus pais nunca teriam um tempo para me trazer”, relatou. “É muito bom adquirir novos aprendizados sentindo este clima maravilhoso. As vezes, só ficar em sala de aula, estressa e desmotiva”, ponderou a estudante do 8º ano da escola Walter Caminha, no Bengui.
Os alunos visitantes conheceram as estruturas metálicas de ferro inglês do século XIV que compõem os três galpões e guindastes. “Tenho certeza que este é um momento único na vida de cada um aqui presente e, para nós professores, é uma oportunidade de estar repassando os conteúdos de forma facilitada, já que poderão compreender teoricamente o que foi vivenciado na prática”, destacou o professor de História, Gilmar Alves.
Segundo o professor, as atividades escolares são preparadas antes dos alunos saírem para os pontos turísticos. “Quando eles participaram do Projeto Concertos Didáticos, que acontece no Theatro da Paz, realizaram um relatório histórico do local, e agora já deixamos prontas algumas atividades sobre a Revolução Industrial que irá contribuir na ampliação de conhecimentos”, detalhou.
Os estudantes também conheceram o artesanato indígena e ribeirinho encontrado durante as escavações para revitalização do Porto, no ano 2000. Alguns elementos resgatam fragmentos da história da navegação paraense, da máquina a vapor. Os visitantes estiveram ainda no Teatro Maria Sylvia Nunes.
Juliana Medeiros, 12 anos, ficou surpresa com tudo o que viu. “A máquina a vapor chama atenção e eu aprendi que era ela a responsável por gerar energia aqui pra Estação, que antes era um porto. Mas também o teatro é um sonho, e logo vou trazer os meus pais aqui”, planejou ansiosa.