O Sol estava nascendo na manhã desta quinta-feira,13, e a autônoma Maria Auxiliadora procurava peixe no mercado do Ver-o-Peso para o almoço da Sexta-Feira Santa e do Domingo de Páscoa. Entre tantas variedades, ela escolheu a dourada. “Tem muito peixe, não sabia qual levar, mas escolhi a dourada. Estou levando dois quilos para ficar abastecida para o feriado”, contou.
Segundo o vendedor de peixes Ronaldo Guimarães, que há 15 anos trabalha no ramo, a dourada é a que mais está saindo. Ele revelou ainda que esse ano a quantidade de peixes posta à venda é grande. “Os clientes estão pedindo a dourada, que está a R$ 20 o quilo. O movimento está bom, tem muito peixe à disposição e hoje pretendo vender aproximadamente 250 quilos”, afirmou.
O abastecimento é resultado da aplicação do Decreto Municipal nº 88.270/17, baixado pelo prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, que determina que de 27 de março a 14 de abril de 2017 fica permitida a circulação intermunicipal do peixe apenas por transportadores devidamente cadastrados junto à Secretaria Municipal de Economia (Secon).
O cadastramento para o transporte do pescado que chega aos portos de Belém para outras localidades é feito junto à Secon, através de documentos oficiais encaminhados pelas prefeituras municipais, e neles devem constar o nome do responsável pelo transporte e a placa do veículo autorizado.
Segundo Luiz Carlos Silva, economista da Secon e responsável pela fiscalização, o decreto conseguiu garantir o abastecimento dos mercados do município de Belém. “Cerca de 1000 toneladas de pescado ficaram em Belém nesse período do decreto e 250 toneladas foram distribuídas para municípios vizinhos”, explicou.
Para o secretário de economia do munícipio, Mário Freitas, o decreto foi essencial para o abastecimento de pescado em Belém. “A Prefeitura de Belém tem adotado uma rigorosa fiscalização que coíbe o descontrole de saída do pescado e uma consequente escassez do produto nas feiras e mercados municipais de Belém, que hoje se encontram abastecidos e com peixe de qualidade, devido às medidas impostas no decreto”, destacou.
*Com colaboração de Roberta Corrêa.
