A moradora do Jurunas Leila Cardoso enfrentou menos obstáculos para fazer compras nesta terça-feira, 25, no complexo do bairro. Era perceptível a diferença na facilidade de trafegar após a ação da Ordem Pública da Prefeitura de Belém. “Desse jeito é melhor pra todo mundo. Os vendedores estão apenas sendo realocados e nós pedestres podemos andar sem preocupação nas calçadas. Estávamos andando no meio da rua, correndo riscos de acidente”, afirmou ela, residente no Jurunas há 20 anos.
O bairro do Jurunas foi mais um a receber a ação da Ordem Pública, que tem o objetivo de organizar e orientar moradores e vendedores sobre o padrão correto de alocação de objetos e mercadorias nas vias. A ação contou com a parceria da Secretaria Municipal de Economia (Secon), da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob), da Guarda Municipal de Belém (GMB) e da Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan).
A iniciativa remanejou preventivamente e explicou para comerciantes do local que ocupar as vias públicas usadas para passagem de carros ou pedestres é ilegal. A ação ainda ajudou no transporte dos comerciantes para locais que não atrapalham o fluxo.
Nem todos os vendedores da área estavam irregulares. Robson Cardoso, proprietário de um estabelecimento comercial no Jurunas, era um desses casos. “Tenho sempre essa preocupação de não atrapalhar a passagem de ninguém na frente da minha loja. A ação é muito importante. Quando colocam lixo ou outras coisas na frente da minha loja pode até atrapalhar as minhas vendas”, desabafou. “Antes estava tendo despejo de lixo, principalmente após a limpeza, de madrugada. Fizemos nós mesmos um regime de plantão, para ficar vigiando e não deixar isso acontecer aqui na frente”, completou.
Na operação, não foram apreendidos produtos de nenhum dos comerciantes alertados. O chefe de Operações da Secon, Arlindo Farias, ressaltou o caráter preventivo da ação. “Viemos para fazer a desobstrução da pista de rolamento do local. Não é um trabalho fácil, pois muitos optam por realizar esse trabalho informal em vias públicas. Nossa missão não é apreender simplesmente, é alertar e só fazer essa apreensão em último caso”, frisou.
A responsável por coordenar a ação foi a delegada Elizete Cardoso. Ela fez questão de esclarecer que, apesar de ser obrigação dos órgãos públicos realizarem essas ações, o trato com a população deve ser feito de maneira harmônica. “É uma ordem dessa gestão: apesar de termos que fazer um trabalho que parece desagradável para os comerciantes, é necessário. Mas tem que ser feito da maneira correta, orientando e ajudando”, explicou.