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Projeto desenvolvido na Unidade da Pratinha é selecionado como modelo por ONG internacional

Trabalho voltado para esclarecer e orientar pacientes de pré-natal é reconhecido como experiência a ser multiplicada
Foto: Alessandra Serrão - NID/Comus
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Estudantes da UFPA realizam o atendimento e orientação das grávidas em encontros periódicos na Unidade de Saúde da Pratinha

Marilene dos Santos, 40 anos, passou a maior parte da quarta gravidez em depressão, sentindo-se desamparada. O drama só diminuiu quando ela começou a frequentar reuniões com outras gestantes para trocar experiências e aprofundar os conhecimentos sobre os direitos da mulher. “Era muito difícil, estava passando por uma gravidez de risco e tendo que cuidar de mais três filhos sozinha. No momento em que comecei a participar dos encontros, senti que estava amparada e me fortalecia para enfrentar os meus problemas”, contou Marilene sobre os encontros do projeto TransformaDor, na Unidade Municipal de Saúde da Pratinha.

Iniciativa da Universidade Federal do Pará, o Projeto TransformaDor é voltado para mulheres que fazem Pré-Natal na UMS Pratinha. O atendimento delas é feito por estudantes na UFPA que têm como objetivo emponderar as mulheres para prevenção e combate à violência obstétrica. Lançado em maio de 2016, já atendeu 430 pessoas e, agora ganhou destaque internacional e foi o único projeto do norte brasileiro pré-selecionado entre as melhores experiências do Laboratório de Inovações sobre a Participação Social na Atenção Integral à Saúde das Mulheres. O concurso é promovido pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS).

A representante da OPAS, Alejandra Carrillo, esteve em Belém e participou de um encontro do projeto TransformaDor, na tarde desta quinta-feira, 08. Ela observou de perto as experiências e conheceu histórias de mulheres que participam do projeto.  “A OPAS busca identificar experiências como essas que ocorrem em Belém. Precisamos conhecer essas ações, entender e multiplicar, sobretudo com o objetivo de levar para outros locais”, ressaltou.

“Durante esta visita estou podendo confirmar tudo aquilo que li no resumo da prática na inscrição do concurso. Este projeto é inovador e as mulheres participantes são privilegiadas da oportunidade. Vou levar as minhas boas impressões do projeto”, completou Alejandra.

Após as visitas, serão definidas as experiências finalistas, para sistematização do Laboratório de Inovação e apresentação na 2a Conferência Nacional de Saúde das Mulheres prevista para ocorrer entre 17 a 20 de agosto, em Brasília.

Para a coordenadora do projeto, Edna Barreto, a seleção para a segunda etapa do concurso é o reconhecimento do trabalho realizado com  determinação e dedicação por toda a equipe de voluntários e técnicos da unidade de saúde.

“É muito importante a gente saber que um projeto que nasce com objetivo de empoderar mulheres para combater uma violência específica de gênero conseguiu este destaque, levando em conta que tem apenas um ano e foi iniciado timidamente, com uma educação não tradicional, oferecendo não apenas palestras, mas oficinas, danças e outras dinâmicas que evidenciam a cultura popular”, avaliou Edna.

O assistente social da unidade, Pedro Barbosa, comemora a classificação e já analisa possíveis melhorias para o desenvolvimento do projeto. “Já temos relatos bem positivos do TransfomaDor aqui na unidade, mas ainda precisamos trabalhar melhorias, como o pós parto, ou seja, saber de forma mais detalhada como ele foi realizado e ser tiveram situações de violência”, disse Pedro.

Das seis práticas selecionadas para próxima etapa, quatro são do Nordeste, uma do Norte e uma do Sudeste.

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