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Estudantes participam de programa de prevenção da obesidade infantil

Foto: Uchôa Silva-Agência Belém
Estudantes participam de programa de prevenção da obesidade infantil
Estudantes participam de programa de prevenção da obesidade infantil
Estudantes participam de programa de prevenção da obesidade infantil
Estudantes participam de programa de prevenção da obesidade infantil
Estudantes participam de programa de prevenção da obesidade infantil
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Estudantes participam de programa de prevenção da obesidade infantil
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Estudantes participam de programa de prevenção da obesidade infantil
Estudantes participam de programa de prevenção da obesidade infantil

Na ação, crianças de 5 a 9 anos passaram por avaliação nutricional, com pesagem e medição de cada uma delas.

Quando o assunto é a escolha do lanche, a maioria das crianças não tem dúvidas na hora de decidir entre salgados ou frutas. As guloseimas são a preferência e acabam interferindo na alimentação regular, inclusive dentro das escolas. Atenta a isso, a Prefeitura de Belém, por meio da Coordenação das Políticas de Segurança Alimentar e Nutricional (Copsan), levou até a Escola Alzira Pernambuco, no bairro do Marco, o Programa de Prevenção da Obesidade Infantil, para orientar pais e crianças sobre o assunto.

A ação ocorreu nesta quarta-feira, 21, e quinta-feira, 22, e atendeu aproximadamente 200 alunos da Educação Infantil ao 5º ano, com orientações e avaliação de peso e altura, além de capacitação para os professores realizarem um programa de educação continuada. No próximo dia 30 de junho, equipes da Copsan vão retornar à escola para reunir com os pais dos alunos.

Nesta ação, crianças de 5 a 9 anos de idade passaram por avaliação nutricional, com pesagem e medição de cada uma delas. Após a avaliação, elas participaram de atividades lúdico-pedagógicas com o uso de cartilha e tiveram um momento de entretenimento por meio do projeto “Brinca Belém”, da Secretaria Municipal de Esporte Juventude e Lazer (Sejel), parceira da Copsan.

De acordo com a nutricionista da Copsan Ana Laura Paraguassu, a programação com os alunos teve resultados bastante positivos. “Quando você conversa com uma dessas crianças é possível descobrir a rotina que ela tem dentro e fora de casa, e este alimento nem sempre é adequado”, explicou Ana Laura. “Portanto, com essa troca de informações estamos fazendo um levantamento do estado nutricional destas crianças para que também sirva de parâmetro no município”, enfatizou.

Após a avaliação nutricional, quando há algum registro de aluno que necessite de atendimento, a Copsan comunica aos pais do aluno do resultado para que seja feito acompanhamento nutricional e social, realizado pela própria Coordenação.

A pequena Juliane Rocha Gomes, de 8 anos, não escondeu o entusiasmo durante as ações e já chegou contando para a nutricionista do que mais gostava de comer: uma marca de salgadinhos de milho industrializados. “A mamãe diz que preciso comer mais frutas, mas eu gosto mesmo é de besteira”, confessou. “Depois que a tia falou que eu preciso me alimentar bem... Prometo, vou comer (o salgadinho) só uma vez por semana”.

Banco de dados - Cerca de 600 crianças da rede municipal já foram beneficiadas com o programa somente este ano e as informações coletadas integram um banco de dados com o perfil nutricional, identificando crianças que se encontram em situação ou risco de desenvolver a obesidade ou algum outro distúrbio alimentar.

“É bom salientar, sobre a criança com excesso de peso, que isso não quer dizer que ela esteja saudável. Pelo contrário, este peso pode estar escondendo uma série de perigos que envolvem a saúde deste aluno. Desta forma, receber a equipe da Copsan aqui na escola foi muito válido, porque a gente tem a oportunidade de conhecer um pouco da rotina que eles possuem dentro de suas casas e também orientar os pais para que mantenham um certo equilíbrio quanto às chamadas guloseimas”, destacou a coordenadora pedagógica da escola, Fabíola Farias.

OMS - De acordo com dados do Ministério da Saúde, os índices de obesidade aumentaram em 60% nos últimos dez anos. E, em relação à obesidade infantil, um relatório preparado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) mostrou que 7,3% das crianças menores de 5 anos estão acima do peso.

Horta escolar - Na rede municipal de ensino os alunos têm incentivo para consumir alimentos naturais, frutas e hortaliças. Desde 2014 a Prefeitura de Belém desenvolve por meio da Fundação de Assistência ao Estudante (Fmae), o projeto “Educando com a Horta Escolar e a Gastronomia”, com o qual os alunos passaram a semear, cuidar e colher alimentos que são consumidos no próprio ambiente escolar.

Com esta prática desenvolvida nas escolas já houve a mudança de alguns dados estatísticos que registram a falta de consumo de alimentos naturais no dia a dia na mesa dos belenenses. Segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009, a mais recente divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre as capitais brasileiras Belém está em último lugar em consumos de frutas e hortaliças, com 26,9%.

Merenda escolar - Um dos alunos que garante que aproveitará as orientações para pôr em prática na rotina alimentar é Maxmiller Soares, 10 anos. A lista de “gordices” dele é extensa: sanduíche, sorvete, biscoito, refrigerante, coxinha com suco e salada com maionese. “Eu como salada sim, mas só se ela tiver maionese. Mas vou comer mais comidas saudáveis a partir de amanhã. A titia já avisou que é melhor pra mim. Na merenda de hoje eu sei que vai ter fruta, e disso eu gosto bastante”, afirmou.

A merenda escolar conta com um cardápio elaborado por uma equipe de nutricionistas que respeita os hábitos alimentares, a cultura alimentar da localidade e promove uma alimentação saudável e adequada para cada faixa etária. Alimentos regionais como açaí, jambu, chicória, cariru e pupunha estão presentes no cardápio.

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