Começou pelo bairro do Guamá o cadastramento de famílias de baixa renda para o Programa Tarifa Social de Energia Elétrica, que concede descontos de até 65% na conta de energia. A iniciativa faz parte do projeto “Mais Inclusão”, realizado pela Celpa por meio de parceria com a Prefeitura de Belém, e deve alcançar mais de 30 mil famílias em 1 ano.
A parceria garante à população mais uma opção de acesso ao benefício, que também pode ser obtido por meio de inscrição presencial na Central do Cadastro Único (CadÚnico), localizado na avenida Augusto Montenegro e nos Centros de Referência em Atendimento Social (Cras) da Fundação Papa João XXIII (Funpapa). “Foi identificado que grande parcela da população que reside no bairro do Guamá ainda não está cadastrada na tarifa social e, por conseguinte, ainda não tinha alcançado o Cadastro Único, já que é ele que dá acesso aos programas do Governo Federal, entre eles a Tarifa Social. Por isso, esse bairro foi escolhido para iniciarmos o projeto”, explicou a coordenadora da Central do Cadastro Único (CadÚnico), Dayse Penafort.
De acordo com Penafort, o cadastro das famílias diretamente nas residências traz muitas vantagens, entre elas uma melhor e mais rápida identificação da realidade social de cada família. “A equipe da Celpa que foi treinada é muito boa, proativa, com muita expertise na situação de fazer uma abordagem em domicílio. E a vantagem é que o entrevistador vai estar in loco identificando a realidade daquela família e as situações de vulnerabilidade que essa família pode vivenciar”, ressaltou.
O próximo bairro a receber o “Mais Inclusão” será a Terra Firme. Todos os bairros da cidade deverão ser abrangidos pelo projeto. “A gente pretende alcançar todos os bairros. A meta do projeto é de em 1 ano, atingir 30 mil famílias cadastradas”, afirmou Penafort.
Segundo o supervisor de campo da Celpa, Heber Lobato, apenas nas duas primeiras semanas de implantação do projeto no bairro do Guamá já foram cadastradas aproximadamente 250 pessoas. A dona de casa Jéssica Tayana, de 25 anos, foi uma delas. Atualmente desempregada, Jéssica afirma que o desconto será muito bem-vindo". Já tinha escutado falar da tarifa social, mas não sabia como funcionava, não fui atrás e nunca tinha me cadastrado. Ainda bem que eles estão fazendo essa ação de bater nas portas, pois muitas pessoas não conseguem ir ao Cras para realizar o cadastro”, disse.
A pensionista Joana trindade, de 65 anos, havia perdido o cadastro na Tarifa Social há dois anos, por falta de comparecimento ao CadÚnico. Com o novo cadastro já sonha com a economia que poderá fazer e no que o dinheiro poderá ser investido.“Moro com a minha neta, e a conta vem um pouco alta aqui em casa, então se tiver um desconto de trinta ou quarenta reais já ajuda. Posso usar esse dinheiro pra comprar um pão, leite, carne”, comentou satisfeita.
A coordenadora do CadÚnico, Dayse Penafort, alerta que a Tarifa Social é apenas um dos programas garantidos através da inscrição do beneficiário no CadÚnico, que dá acesso também a programas como Bolsa Família e Minha Casa, Minha Vida.
*Colaboração: Victor Miranda.