Atividades de lazer e prestação de serviços de saúde, educação e assistência social movimentaram a tarde na Escola Municipal Milton Monte, na Ilha do Combu nesta quinta-feira, 17, quando estudantes e a comunidade do entorno receberam o Projeto Família e Cidadania, fruto da parceria do Governo do Estado com a Prefeitura de Belém, que atenderá os ribeirinhos da área todas as quintas-feiras até o dia 28 de setembro.
Neste primeiro encontro com a comunidade, mais de 50 pais participaram da programação, entre eles a extrativista Ivanete Nascimento, 59 anos, que fez questão de participar da palestra ‘Fortalecimento da Relação Família Escola’ e saber como se envolver ainda mais no desenvolvimento educacional dos filhos.
O barqueiro Edimar Correa, 49 anos, também gostou da atenção dada pelo poder público aos moradores da Ilha do Combu. “Estou feliz em perceber os avanços que nossa ilha vem recebendo, seja por meio dos serviços ou até mesmo das ações com palestras”, comemorou o barqueiro. “Nos faz sentir mais valorizados e estimulados”, acrescentou.
Durante o evento palestras sobre sucesso escolar, orientações sobre Bolsa Família, atenção primária, prevenção de doenças e garantia à saúde chamaram atenção das famílias participantes. E enquanto os adultos aprendiam nos bate-papos com técnicos e especialistas, as crianças aproveitaram para aprimorar os conhecimentos por meio das brincadeiras educativas na quadra poliesportiva, com oficinas de reutilização de materiais, jogos e dinâmicas.
A estudante do 5º ano, Maria Vitoria do Nascimento, 9 anos, produziu um urubu de papel. “Eu não pensei que fosse capaz, mas é fácil e o que eu ia jogar no lixo se transformou em um bonito pássaro que vai ornamentar a escola”, entusiasmou-se.
Outra oficina disponibilizada que atraiu grande interesse da comunidade foi a de produção de rabetas, os barcos utilizados pelos ribeirinhos. A intenção, além de informar e orientar sobre políticas sociais básicas, foi estimular iniciativas para geração de renda.
O projeto na Escola Milton Monte continuará nas próximas quintas-feiras, até o dia 28 de setembro com a participação das secretarias de educação (Seduc e Semec), e de saúde (Sespa e Sesma). A partir da terceira etapa serão envolvidos os órgãos de assistência social e empreendedorismo, como a Fundação Papa João XXIII (Funpapa), Emater e Defensoria Pública.
“Nós queremos proporcionar cada vez mais o bem estar, informação e qualidade de vida aos alunos e seus familiares, para que a escola seja uma segunda casa e a porta de entrada para novos horizontes profissionais”, destacou a coordenadora da Educação do Campo, Roseane Siqueira. “Aqui a comunidade é extrativista, mas através dessas ações, eles (os ribeirinhos) são estimulados a fazer uso da agricultura através das nossas hortas escolares, o que é mais uma opção de renda”, avaliou.