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Fé e devoção marcam o IV Auto do Círio dos Alunos com Deficiência

Foto: Tássia Barros - Comus
Fé e devoção marcam o IV Auto do Círio dos Alunos com Deficiência
Fé e devoção marcam o IV Auto do Círio dos Alunos com Deficiência
Fé e devoção marcam o IV Auto do Círio dos Alunos com Deficiência
Fé e devoção marcam o IV Auto do Círio dos Alunos com Deficiência
Fé e devoção marcam o IV Auto do Círio dos Alunos com Deficiência

O IV Auto do Círio dos Alunos com Deficiência foi apresentado em frente ao Crie, na Gentil Bittencourt, entre as Travessas Rui Barbosa e Quintino Bocaiuva, em Nazaré, atraindo muita gente.

Quem passou pela Avenida Gentil Bittencourt na tarde desta quinta-feira, 5, pôde dar uma pausa nos afazeres do dia e prestigiar o IV Auto do Círio dos Alunos com Deficiência, encenado por 50 estudantes da rede municipal de ensino de Belém. O evento, coordenado pela Secretaria Municipal de Educação (Semec), por meio do Centro de Referência em Inclusão Educacional Gabriel Lima Mendes (Crie), contou com apresentações musicais e teatrais.

O IV Auto do Círio dos Alunos com Deficiência foi apresentado em frente ao Crie, na Gentil Bittencourt, entre as Travessas Rui Barbosa e Quintino Bocaiuva, em Nazaré, atraindo muita gente. Foi o caso do sociólogo Manoel Potiguar, 38. Ele passava na área e ficou curioso com o som do violão e a aglomeração de pessoas. Ao perceber do que se tratava, resolveu parar e acompanhar o espetáculo, que reuniu todos em uma única corrente de fé e devoção. “É muito bonito ver estas crianças expressando tamanha religiosidade”, revelou, afirmando ainda que seguiria para casa com o coração leve e cheio de entusiasmo.

A edição deste ano, intitulada “Ver-o-Peso da Inclusão”, apresenta como proposta a valorização da cultura local e suas peculiaridades no decorrer da festa religiosa. Além disso, o evento prioriza a promoção da inclusão através da integração dos alunos, dos professores e das famílias.

O olhar brilhante do autista Lucas Pimentel, de 9 anos, mostrava a felicidade em poder dançar com a mãe encarnando um urubu, um dos personagens da peça teatral com áudio descrição, que foi dividida em quatro estações. “Eu e a mamãe estamos diferentes, mas muito bonitos com essa roupa preta”, disse.

A primeira estação, “Ver-o-Peso do Poema”, contou com a presença do músico paraense Salomão Habib e do coral do projeto “Cantar-o-Lar”, da Escola Alzira Pernambuco, do bairro Pedreira. A apresentação prosseguiu com as estações “Ver-o-Peso da Música”, “Ver-o-Peso do Riso e do Afeto” e, por fim, a quarta estação, denominada “Ver-o-Peso do Sagrado e da Cultura Paraense”. Nesta última estação foi encenada a história do achado da Imagem de Nossa Senhora de Nazaré no Igarapé Murutucu pelo caboclo Plácido e a subida da Imagem da Santa na Basílica de Nazaré com a queima de fogos.

A costureira Adriana Martins, 45, prestigiou cada detalhe da encenação. “Meu filho é autista e já participa desde o início desta programação contagiante”, contou. “Acompanhar de perto o avanço de Wallace é muito gratificante e acredito que também seja mais uma forma de estimular seu desenvolvimento”, acrescentou.

Desenvolvido anualmente, desde o início da atual gestão municipal, o evento integra o Programa Artes Cênicas, Expressão e Inclusão, executado na rede pelos gestores e professores especializados na educação inclusiva. Dentre os objetivos do programa está a utilização da linguagem cênica para promover a inclusão escolar, facilitar o processo de aprendizagem, despertar a sensibilidade e o respeito, além de promover a estimulação e percepção dos sentidos.

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