Alunos do projeto “Shizen Funbosque Karatê” participaram na manhã de sábado, 25, da 1ª Copa Taizen de Karatê Dô. O torneio tem o aval da Liga Paraense de Karatê e o objetivo de incluir atletas com deficiência e iniciantes nas apresentações e competições de karatê. Neste primeiro ano, cerca de 20 escolas e academias participaram da competição, entre elas a Fundação Escola Bosque que levou 14 atletas.
Entre os competidores estava Rodrigo Gois, 11 anos, faixa-azul e estudante do 5º ano do ensino fundamental da Funbosque. Ele estava ansioso para se apresentar. “Treino três vezes por semana e estou preparado. Esse é o primeiro torneio que participo” conta o atleta. Rodrigo nasceu com artogripose congênita, que é uma condição que limita o movimento das articulações, mas isso não o fez desistir do esporte que ama, principalmente tedo sempre ao a mãe, Miriam Gois, ao lado. “Ele se desenvolveu muito com o Karatê, isso vem ajudando ele a se distrair e promovendo a inclusão dele dentro do colégio e no esporte. É um pouco difícil o ir e vir, mas faço questão, pois o Karatê vem ajudando muito o meu filho”, conta.
Quem não parava de olhar para a medalha era o pequeno Carlos Eduardo Silva, de 6 anos. Iniciante em competições, o aluno do projeto conquistou a primeira medalha, com o segundo lugar no torneio. “Ganhei minha primeira medalha, estou muito feliz, espero ganhar outras”, disse. O pai do garoto, Carlos Silva estava muito emocionado com a conquista do filho. “O Carlos Eduardo estuda no segundo ano do ensino fundamental da Escola Bosque, ele pratica Karatê há oito meses e nesse tempo o comportamento dele mudou para melhor, tanto na escola quanto em casa e, presenciar a conquista de uma medalha, é um orgulho tremendo”, emocionou-se o pai.
O projeto “Shizen Funbosque Karatê” foi implantado pela Escola Bosque no ano de 2013 e atualmente conta com 62 atletas, sendo oito possuem algum tipo de deficiência, como paralisia cerebral e deficiência visual. Os alunos possuem uma equipe técnica com pedagogos, professores de educação física e coordenadores.
Jaydson Rodrigues, que coordena o projeto afirma que a participação no torneio é importante para os alunos. “Essa foi a primeira participação dos nossos alunos da educação especial em torneios, isso já é uma conquista. Nos somos a única escola de Belém que trabalha com a educação especial no karatê e nossa intenção é desenvolver cada vez mais os nosso atletas, quem sabe um dia eles podem chegar em paraolimpíadas, campeonatos mundiais e olimpíadas”.