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Defesa Civil Municipal dá orientações no Ver-o-Peso sobre marés altas

Foto: Oswaldo Forte
Defesa Civil Municipal dá orientações no Ver-o-Peso sobre marés altas
Defesa Civil Municipal dá orientações no Ver-o-Peso sobre marés altas
Defesa Civil Municipal dá orientações no Ver-o-Peso sobre marés altas
Defesa Civil Municipal dá orientações no Ver-o-Peso sobre marés altas
Defesa Civil Municipal dá orientações no Ver-o-Peso sobre marés altas
Defesa Civil Municipal dá orientações no Ver-o-Peso sobre marés altas
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Defesa Civil Municipal dá orientações no Ver-o-Peso sobre marés altas

Yan Miranda, coordenador da Defesa Civil Municipal, explica que a maior preocupação é quando maré alta coincide com as fortes chuvas, muito comuns neste período.

Na manhã desta terça-feira, 9, técnicos, coordenadores e voluntários da Defesa Civil Municipal de Belém percorreram a feira do Ver-o-Peso e arredores para informar e alertar moradores, comerciantes, feirantes e turistas para os perigos do período de maré alta no início deste ano de 2018.

A ação consistiu na distribuição de dois folders explicativos, sendo um sobre o período do chamado inverno amazônico e os cuidados que devem ser tomados e outro com os dias e horários das grandes marés em Belém e também no distrito de Mosqueiro, onde a maré mais alta pode chegar até quatro metros, logo no dia 1º de fevereiro.

Em Belém, as marés mais altas serão no período de 31 de janeiro a 2 de fevereiro, entre os horários de 23h24 e 0h13.

Yan Miranda, coordenador da Defesa Civil Municipal, explica que a maior preocupação é quando maré alta coincide com as fortes chuvas, muito comuns neste período. “O que estamos fazendo aqui é alertar a população sobre possíveis transtornos, em um trabalho que vai se expandir também por outros pontos da cidade. Lembrando que a maré mais alta em fevereiro pode chegar a 4 metros, e isso é um alerta para a maior das marés, que sempre ocorre no mês de março, por isso estamos trazendo a informação antecipada à população”, disse o coordenador.

O batedor de açaí Jaime dos Santos Celso, de 41 anos, que trabalha há 16 no Ver-o- Peso, disse que a maré alta prejudica o trabalho dos feirantes. “Quando maré é muito alta, o alagamento chega aqui perto do nosso box e isso faz com que os clientes não consigam chegar até aqui, prejudicando nosso atendimento. Eu acho importante que a gente saiba quando isso pode ocorrer, porque assim podemos nos prevenir”, comentou Jaime.

Cuidados - O coordenador de operações da Defesa Civil, Claudionor Corrêa, disse que os folders distribuídos têm informações importantes para todos. “Nesses informativos há conselhos sobre como se deve agir no momento de uma forte chuva, com raios e rajadas de vento. São atitudes simples, mas que são úteis e podem evitar algum acidente mais grave”, enfatizou Claudionor.     

Entre as orientações estão que se deve evitar áreas alagadas que podem esconder buracos ou entulhos trazidos pela água; se chover muito forte, é melhor parar o veículo em um lugar alto e seguro, mas nunca perto de postes de iluminação ou árvores; não trafegar a pé ou dirigindo em ruas que costumam alagar; e se a água invadir a sua casa, é preciso desligar a chave geral de energia para evitar curtos-circuitos e procurar um lugar seguro para ficar.

Outros cuidados são com as descargas elétricas que trazem os raios. Se a formação das nuvens for negra é sinal de que junto com a chuva virão as descargas elétricas, por isso deve-se evitar falar ao celular durante a chuva com iminência de raios; evitar buscar abrigo embaixo de árvores; não ficar dentro d’água em piscina ou praia; não buscar abrigo sob estruturas metálicas; se estiver em área descampada, o ideal é que se mantenha agachado; buscar abrigo em casas ou prédios de alvenaria, mas longe de portas e janelas com grades; ou ainda, os carros e ônibus são uma boa alternativa de abrigo, pois os pneus de borracha funcionam com isolamento elétrico.

O casal Michel Amaral e Solange Ferraz é de Belém, mas atualmente mora em Fortaleza (CE). De férias, estavam visitando o Ver-o-Peso. Michel disse que quando morava na capital, ele teve problemas com os congestionamentos na área do Ver-o-Peso quando a maré era muito alta. “Fiquei preso em alguns congestionamentos nesse local, e perdia muito tempo. Por isso acho importante que as pessoas sejam alertadas e, se possível, procurem não passar em áreas alagadas”, aconselhou. Já Solange disse que iria levar os folders para os parentes e amigos que moram no bairro da Cabanagem.

Doenças - Quando as chuvas são mais intensas, com elas se propagam doenças virais, como gripes e resfriados. O cuidado com a saúde precisa ser redobrado, principalmente com idosos, gestantes, crianças menores de 2 anos e portadores de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão.

Nos folders há informações sobre a prevenção que vem quando se lava as mãos com frequência, utilizando água corrente e sabão; quando se evita lugares com aglomerações e se está com as vacinas em dia.

Os cuidados são também para evitar focos de água parada propícios à proliferação do mosquito Aedes egypti, causador das doenças dengue, chikungunya e zika. Devem-se manter caixas d’água bem tampadas e não deixar acumular água em lajes e outros locais.

Pluviômetros - Outra medida tomada neste período de inverno amazônico pela Prefeitura de Belém, por meio da Defesa Civil Municipal, foi a instalação de pluviômetros em pontos críticos de alagamento. Quatro pluviômetros foram instalados, sendo um na sede da Secretaria Municipal de Educação (Semec), em Nazaré; um na Unidade Básica de Saúde do Guamá; um no Campus de Pesquisa do Museu Emílio Goeldi, no bairro do Marco; e um no 1º Grupamento de Bombeiros Militar, na Cremação.

Yan Miranda informou que os pluviômetros registram os dados das marés e também a quantidade de chuva que vai cair em uma determinada região. “Com os dados desses aparelhos nós conseguimos antecipar um alagamento, por exemplo, com uma margem de mais ou menos duas horas, e fazer o alerta. Os pluviômetros nos dão um banco de dados que nos fazem trabalhar para o futuro e amenizar a incidência de alagamentos. Se for um ponto crônico de muita água, nós trabalhamos nele, e nos anos seguintes, esse problema será sanado”, informou Yan.

Serviço:

A sede da Defesa Civil Municipal fica localizada na rua Campos Sales, 33, entre as travessas 15 de Novembro e Boulevard Castilho França, no Comércio. Informações podem ser obtidas pelos números (91) 98439-0646 ou 98435-4378.

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