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Crianças participam de ação educativa no Dia Internacional da Síndrome de Down

Foto: Fernando Sette - Comus
Crianças participam de ação educativa no Dia Internacional da Síndrome de Down
Crianças participam de ação educativa no Dia Internacional da Síndrome de Down
Crianças participam de ação educativa no Dia Internacional da Síndrome de Down
Crianças participam de ação educativa no Dia Internacional da Síndrome de Down
Crianças participam de ação educativa no Dia Internacional da Síndrome de Down
Crianças participam de ação educativa no Dia Internacional da Síndrome de Down
Crianças participam de ação educativa no Dia Internacional da Síndrome de Down
Crianças participam de ação educativa no Dia Internacional da Síndrome de Down

Nesta semana, todas as turmas da escola, do jardim ao 5º ano, terão a oportunidade de assistir ao vídeo e depois discutir o tema.

Em um mundo onde tanto se combate o ódio com o amor, os alunos do 3º ano da Escola Municipal Antônio Carvalho Brasil, no bairro da Cremação, dão o maior exemplo de respeito ao próximo. A turma da pequena Ana Caroline Ribeiro, de 10 anos, reproduz na prática o real significado de que ser diferente é normal.

Na tarde desta quarta-feira, 21, os quase 30 alunos da turma assistiram a um vídeo explicativo sobre o que é a síndrome de Down, mas esta não foi apenas uma reunião daquelas que a professora junta a turminha para uma dinâmica de classe: foi o momento de todos compreenderem como ocorre a alteração genética e nasce uma pessoa com a síndrome.

A escolha do tema foi em alusão ao Dia Internacional da Síndrome de Down, transcorrido nesta quarta-feira, 21, que de forma lúdica retratou a história de uma turma de alunos que recebeu na escola um coleguinha com a síndrome. Na historinha, o garotinho se tornava querido por todos, até que o preconceito partiu dos pais daqueles alunos, que exigiam que as crianças se afastassem dele. No desenrolar da história, todos, inclusive os adultos, reconheceram o quanto o preconceito é ruim, e o respeito e amor são fundamentais para a vida.

Enquanto o vídeo era exibido, as amigas não se desgrudavam um segundo, e a cada explicação a troca de carinho e cuidado aumentavam. “Ela é minha amiga inseparável. A gente passa a tarde juntas estudando e brincando, ela faz tudo com a gente, é quase uma irmã”, disse Maria Eduarda Lima, de 8 anos, amiga inseparável de Carol.

João Guilherme Souza, de 8 anos, ficou atento ao vídeo que foi exibido e ao final comentou: “Eu não gostei quando os pais dos meninos disseram para ele se afastar do garotinho. É triste ver isso. Aqui na nossa escola a gente gosta de todo mundo. A Caroline é nossa amiga e brinca com todos”.

Ana Caroline tem síndrome de Down, e o carinho que recebe dos colegas de classe resulta da educação quem eles têm tanto na escola, como em suas casas. Com carinho e cuidado, eles incentivam a colega a participar de todas as atividades, mesmo que ela tenha alguma dificuldade, ou que a timidez a faça ficar quieta no seu lugar.

“Aqui na escola nós atendemos 25 crianças com diferentes tipos de deficiências, e escolher a data de hoje para exibir esse desenho foi com o intuito de fazer a sensibilização de toda a comunidade escolar. Todas as turmas (do jardim ao 5º ano) terão a oportunidade de assistir ao vídeo e depois discutir o tema, para despertar neles o respeito. O desfecho do vídeo é interessante para fazer com que eles entendam o que é a síndrome de Down”, explicou a professora Denise Marruaz, que dá assistência aos alunos com deficiência na sala de recursos multifuncionais.

A escola Antônio Carvalho Brasil tem 460 alunos matriculados, divididos nos turnos da manhã e tarde, e é uma das escolas municipais que conta com uma sala de recursos multifuncionais do Centro de Referência em Inclusão Educacional Gabriel Lima Mendes (Crie), vinculado à Secretaria Municipal de Educação (Semec). Nestes espaços, alunos com síndrome de Down, autismo e surdez, assim como outras deficiências, matriculados na rede municipal de ensino de Belém, recebem atendimento especializado das equipes multiprofissionais das áreas de Educação, Artes, Psicologia, Serviço Social, Psicopedagogia, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, que visam ao estímulo das habilidades que a criança apresenta para que ela consiga desenvolver aquilo que os professores propõem em sala.

“A minha maior satisfação é perceber que cada um de nós tem um potencial a ser desenvolvido e fazer a educação especial em nosso município. É oportunizar por meio de programas e projetos, a prática da inclusão por meio do amor, do respeito e da solidariedade”, avalia a coordenadora do Crie, Denise Costa.

Programação - Ainda como parte da programação desta semana, nesta sexta-feira, 22, as escolas da rede municipal terão ciclos de palestras e ações sobre o tema da síndrome de Down, e o Crie também realizará uma programação especial envolvendo os profissionais e alunos da rede.

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