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Vigilância Sanitária combate venda ilegal de medicamentos e anabolizantes

Foto: Tássia Barros - Comus
Vigilância Sanitária combate venda ilegal de medicamentos e anabolizantes
Vigilância Sanitária combate venda ilegal de medicamentos e anabolizantes
Vigilância Sanitária combate venda ilegal de medicamentos e anabolizantes

A blitz não encontrou irregularidades na farmácia, mas a academia estava funcionando em péssimas condições de higiene e sem licença.

A Vigilância Sanitária, vinculada à Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), fez blitz em uma farmácia e uma academia de ginástica do bairro do Jurunas na manhã desta quarta-feira, 11. A operação atendeu a chamado da Delegacia do Consumidor (Decon), que havia recebido uma denúncia anônima sobre venda ilegal de medicamentos e anabolizantes sem receituário médico. A blitz não encontrou irregularidades na farmácia, mas a academia estava funcionando em péssimas condições de higiene e sem licença.

Os donos dos estabelecimentos foram intimados pelos agentes da Sesma a depor na Polícia Civil num prazo de 48 horas. Segundo Randolfo Coelho, diretor da Divisão de Drogas e Medicamentos da Vigilância Sanitária, as fiscalizações reduziram em 65% a venda casada de anabolizantes entre os donos de academias e farmácias.

As ações da Vigilância Sanitária já recolheram quatro toneladas de anabolizantes, remédios com prazo de validade vencida e outros produtos que causam mal à saúde pública. A Vigilância é o único órgão de fiscalização que tem acesso livre nos empreendimentos comerciais, por isso a Polícia sempre solicita apoio para averiguar as denúncias que chegam à Delegacia do Consumidor.

Todo material apreendido nas operações já foi incinerado. Nem os medicamentos puderam ser reaproveitados, pois estavam impróprios para consumo devido à falta de conservação adequada e por conta do desconhecimento da real procedência das cargas. “Não serve para doação porque não sabemos a procedência, a origem e tampouco as datas corretas de fabricação. O comerciante tem perda total porque não tem como provar, por meio de documentos, a veracidade da compra e a origem dos medicamentos”, explicou Randolfo Coelho, que é farmacêutico.

Na blitz desta quarta-feira, a denúncia apontava para venda ilegal de anabolizante por uma farmácia na avenida Roberto Camelier. A Polícia e os fiscais da Vigilância Sanitária estiveram no local por 40 minutos e não encontraram irregularidades. Não houve resistência por parte dos proprietários, que foram intimados a depor na Delegacia do Consumidor. Na academia de ginástica, os fiscais encontraram problemas como sujeira, falta de banheiros adequados e ausência da licença de funcionamento. O dono deste estabelecimento tem 48 horas para corrigir as irregularidades ou a Vigilância Sanitária vai fechar o local.

Casadinha - A maior preocupação da Vigilância Sanitária é quanto à ação casada entre alguns donos de farmácias e de academias populares para a venda ilegal de medicamentos e anabolizantes, que viraram febre sobretudo nos bairros mais afastados do centro de Belém. Segundo Randolfo, comerciantes e donos de academias se unem para vender o anabolizante aos frequentadores. Como o medicamento tem efeito rápido no aumento da massa muscular, é muito procurado e tem mercado promissor.

O problema, ainda de acordo com Randolfo Coelho, é que o anabolizante é um medicamento que necessita de receituário médico para aquisição. As farmácias precisam ter salas adequadas para aplicação e licença diferenciada para vender o produto. Quem não estiver de acordo com essas normas, corre o risco de ser preso em flagrante por crime de tráfico de drogas e ter o estabelecimento fechado. O crime é hediondo e inafiançável.

Saúde - “Nosso trabalho tem colaborado para evitar doenças, sobretudo entre os mais jovens que querem ter a mudança no corpo de forma repentina. Repetimos que usar o anabolizante é saudável, desde que esteja acompanhado por profissionais médicos e dentro dos padrões”, explicou Randolfo.

A Vigilância Sanitária vai continuar realizando blitz e operações em parceria com a Polícia. A ideia é reduzir ainda mais o volume de produtos clandestinos que ainda circula no mercado ilegal devido principalmente à facilidade proporcionada pela Internet. “Queremos ampliar nosso trabalho, vamos continuar visitando os pontos e apurando as denúncias”, garante Randolfo Coelho, que atendeu a solicitação do delegado Renan Souza, da Delegacia do Consumidor.

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