Escola relança projeto premiado que usa a literatura para incluir alunos com deficiência

Foto: João Gomes / COMUS
Escola relança projeto premiado que usa a literatura para incluir alunos com deficiência
Escola relança projeto premiado que usa a literatura para incluir alunos com deficiência
Escola relança projeto premiado que usa a literatura para incluir alunos com deficiência

A professora Mariza Barbosa, criadora do projeto, diz que em 2018 as ações serão reforçadas com a participação mais direta de escritores.

A Escola Municipal Walter Leite Caminha, no bairro do Benguí, comemorou na manhã desta quarta-feira, 9, o sucesso do projeto “Incluir e letrar: amiguinhos da inclusão” com o lançamento da nova versão da iniciativa, que é premiada pelo Ministério da Educação (MEC) e visa à valorização da literatura e a inclusão social de alunos com deficiência.

A professora Mariza Barbosa, criadora do projeto, diz que em 2018 as ações serão reforçadas com a participação mais direta de escritores como a autora paraense Telma Cunha, que é cadeirante e publicou um livro sobre sua experiência de vida. O lançamento da nova versão do projeto contou com apresentação de danças, contação de histórias e bate-papo com a escritora.

Segundo a diretora da escola, Nilma Machado, ter um projeto premiado funcionando em sua unidade escolar é uma honra. É uma “luz no fim do túnel”: “Esse projeto é referência e merece ser divulgado e difundido para que outros professores, dentro de suas possibilidades, também possam elaborar e desenvolver ações em favor da educação inclusiva”. Alunos da Escola Palmira Carvalho participaram da festa como convidados especiais.

A escola Walter Leite Caminha tem mais de 700 alunos matriculados, entre os quais 29 com deficiências físicas, visuais e intelectuais. E foi pensando em quebrar os preconceitos contra essas crianças que a professora Mariza criou o projeto de inclusão e passou a compartilhar em todos os espaços da escola. “Escolhemos em cada sala de aula aquele aluno mais solidário e com espírito de liderança, e ao final eles nos ajudam na difusão da mensagem em favor das crianças que são deficientes e que são cidadãs como eles. Todos compartilham os espaços da escola”, explica a professora.

Mariza inscreverá novamente o projeto na premiação do MEC. “Eu estou muito feliz e mais ainda com essa garantia da continuidade do trabalho em 2018. E vou inscrever novamente o projeto no concurso do Ministério da Educação”, diz.

Para marcar o sucesso do projeto e relembrar o Dia Nacional do Livro Infantil, transcorrido em 18 de abril, a escola organizou uma programação cultural com espetáculos de dança, contação de histórias com o escritor paraense Juraci Siqueira e a encenação do poema “Borboletas” para homenagear a escritora cadeirante Telma Cunha.

A professora Roseni Sales, que coordena o projeto “Literatura infantil: identidade, memória e arte”, em conjunto com a professora Vera Siqueira, diz que a escola prestigia muito e incentiva a leitura entre as crianças com recital de poesias, destacando Cecília Meireles e Vinicius de Moraes, contação de histórias e espetáculos de dança.

A Escola Walter Leite Caminha integra o Sistema Integrado de Bibliotecas Escolares (Sismube), que garante um acervo atualizado de livros e recursos multifuncionais à unidade. “O sistema é muito bom e temos um acervo bem significativo para atendimento dos nossos alunos e da comunidade do bairro”, disse a diretora Nilma Machado. A comunidade pode solicitar empréstimos de livros e o uso da biblioteca, bastando encaminhar ofício à direção da escola em horário comercial.

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