O uso de tecnologias na identificação e mapeamento de áreas degradadas foi tema de palestra realizada na manhã desta quinta-feira, 24, durante curso promovido na Fundação Centro de Referência em Educação Ambiental Escola Bosque Prof. Eidorfe Moreira (Funbosque), no distrito de Outeiro.
Ensinar e orientar alunos sobre as possibilidades de detectar e mapear áreas de degradação ambiental por meio de veículo aéreo não tripulado (Vant, também chamado de drone) e Sistema de Posicionamento Global (GPS), foi o principal objetivo da palestra, que contou com a participação de aproximadamente 30 alunos, entre eles, do curso Técnico em Meio Ambiente e do Projeto Agentes e Monitores Ambientais (AMA) da Funbosque.
Para Flávio Contente, engenheiro florestal, a proposta foi apresentar as tecnologias e seu uso no gerenciamento ambiental. “Focamos nas possibilidades do mapeamento de áreas com equipamentos como o Drone e GPS. Essa troca de conhecimentos e experiências com os alunos da formação técnica é de grande relevância, pois serão no futuro, profissionais da área e saem da sala de aula para o mercado de trabalho com esses conhecimentos”, ressalta.
Pedro Henrique, aluno do 2º ano do ensino médio e técnico, avalia como inovadora a experiência. “Todos nós gostamos de tecnologia, seja usando o celular de última geração ou um computador. Trazer essas ferramentas para dentro do ambiente escolar é muito divertido e inovador”, opina.
Otávio dos Santos, voluntário do Projeto AMA, conta que em 2017, ele e outros estagiários desenvolveram um mapeamento com o uso de GPS, dentro da fundação, para ele é novidade o contato com as tecnologias de drones.
Há nove anos, Célio Costa, é professor da educação técnica ambiental na Funbosque. Segundo ele, em 2017, foram detectadas 32 áreas de desmatamento na fundação. “Em 2017 fizemos um intenso trabalho em áreas dentro da fundação e foi contatado 32 áreas desmatadas. Essas aberturas na floresta da escola é consequência das quedas naturais das árvores. Para resolver o grande problema fizemos uma ação de plantio de mudas e já temos uma expectativa positiva para o mapeamento que será realizado no mês de setembro deste ano com uso de drone”, explica.
Além de apresentar projetos realizados pela Região Metropolitana de Belém e interior do Estado, Flávio Contente, fomentou sobre a importância de conhecer as leis da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e técnicas de uso. “Outro momento importante da conversa foi falar sobre a importância de conhecer as técnicas e código da legislação que regem a utilização desses equipamentos”.
O Projeto AMA funciona nos turnos da manhã e tarde, atende alunos do ensino fundamental e médio e já doou mais de cinco mil mudas de plantas. O projeto visa a efetivação do compromisso de promover novas hábitos e atitudes no que diz respeito ao meio ambiente e as práticas sustentáveis.
O próximo curso está previsto para ocorrer no mês de setembro, com a prática do mapeamento aéreo.