Pesquisar

Professores utilizam a música como instrumento de aprendizagem

Foto: Fernando Sette - Comus
Professores utilizam a música como instrumento de aprendizagem
Professores utilizam a música como instrumento de aprendizagem
Professores utilizam a música como instrumento de aprendizagem
Professores utilizam a música como instrumento de aprendizagem
Professores utilizam a música como instrumento de aprendizagem
Professores utilizam a música como instrumento de aprendizagem
Professores utilizam a música como instrumento de aprendizagem
Professores utilizam a música como instrumento de aprendizagem
Professores utilizam a música como instrumento de aprendizagem
Professores utilizam a música como instrumento de aprendizagem
Professores utilizam a música como instrumento de aprendizagem
Professores utilizam a música como instrumento de aprendizagem
Professores utilizam a música como instrumento de aprendizagem
Professores utilizam a música como instrumento de aprendizagem

Na UP Nelsinho, os alunos se divertem interpretando a galinha d’Angola para os colegas. A ideia de fazer uma banda surgiu há quatro anos, quando a professora resolveu unir a vivência musical ao conteúdo de sala de aula.

É possível ouvir a cantoria dos alunos do lado de fora da sala de aula. Os professores aproximam o conteúdo das crianças através da musicalidade, estreitando o laço com os alunos e melhorando o desempenho dos pequenos no dia-a-dia escolar. É o caso do professor Carlos Alberto dos Santos, da Escola Municipal Comandante Klautau, no bairro da Sacramenta. Educador há dez anos, ele utiliza paródias e poemas para tornar as matérias do 5º ano mais acessíveis.

As paródias são de músicas já famosas, mas falam de temas que fazem parte da realidade dos alunos, como o respeito ao meio ambiente e o combate à dengue. Há cinco anos Carlos Alberto adotou essa metodologia que vem dando certo. “Quando tem a paródia no quadro, eles memorizam e conseguem acompanhar tudo, aí a gente já sente eles mais interessados”, avalia o professor.

As aulas começam com a descontração do professor e risadas das crianças. O ensino é abrangente, passa pela língua portuguesa, ciências e matemática. A turma, que mantém a frequência escolar exemplar, canta em coro as músicas escritas pelo professor ou por "Cal Albert", seu pseudônimo nem tão secreto.

Os alunos da Comandante Klautau já se apresentaram por dois anos nos eventos promovidos pela Secretaria Municipal de Educação (Semec), sempre com o professor Carlos Alberto à frente. “Eu tenho esse interesse em divulgar, em mostrar o trabalho aqui da comunidade. Esse ano eu vou tentar levar de novo”, afirma Carlos Alberto.

Ainda na Sacramenta, na Unidade Pedagógica Nelsinho, a professora Dilkeia Souza criou uma banda na turma do jardim II com instrumentos reciclados para levar música e poesia ao cotidiano dos alunos. Os chocalhos são feitos com garrafinhas plásticas, o tambor é um galão de água de 20 litros, todos personalizados e tratados com todo cuidado. “É uma turma muito ativa, então não foi difícil trabalhar a música. Através da arte eles acabam desenvolvendo diferentes linguagens, passam a ser mais participativos na aula”, conta a professora.

Anualmente, ao renovar a turma, o tema central do grupo também muda. A bandinha deste ano, batizada de “Viva Vinicius”, musicaliza poemas de Vinicius de Moraes e trabalha a questão do respeito ambiental com as crianças. “A poesia de Vinicius é bem acessível. A melodia e a sonoridade são ótimas para as crianças. A gente trabalha a bandinha, a dramatização das histórias, dos poemas”, explica Dilkeia. A ideia de fazer uma banda surgiu há quatro anos, quando a professora resolveu unir a vivência musical ao conteúdo de sala de aula.

Os pequenos João Henrique Corrêa, de seis anos, Ester Moura, Raiane Moraes e Alexa Santos, de cinco anos, se orgulham de fazer parte da banda. Entre uma cantoria e alguns passos de dança, João conta que gosta de cantar e dançar. “Eu gosto muito da música da casa. Ela é engraçada”, disse o garoto. Ester prefere cantar. “Eu gosto mais de ensaiar a música das borboletas”, Ester disse quase atravessando as palavras do colega. Raiana se diverte interpretando a galinha d’Angola para os colegas. “Gosto muito da galinha, fazer ela é muito legal”, relata a menina. Já Alexa começou as aulas tímida, sem querer participar das atividades. “Agora eu não tenho vergonha, eu gosto de dançar e cantar”, ela garante.

O projeto “Sala da realeza: Príncipes e princesas embarcando na fabulosa arca de Noé” rendeu à professora o primeiro lugar paraense no Prêmio Professores do Brasil, uma premiação do Ministério da Educação. Dilkeia já levou seus pupilos para se apresentarem nos eventos da Semec e na Feira do Livro.

Na Escola Municipal Josino Viana, no bairro da Pedreira, são os projetos de extensão que atraem a atenção dos alunos. O professor Antônio Lourinho ensina educação física e realiza projetos de extensão de cultura popular com música e danças regionais. “Percebi que poderia ser feito um algo a mais, e esse algo a mais eu procurei aplicar desde o primeiro dia que comecei a trabalhar na rede municipal de ensino”, conta.

Apaixonado por música, Antônio ensina os alunos a construírem seus próprios instrumentos com materiais simples e a tocarem instrumentos de sopro e corda. Mesmo os mais novos, as turmas abrangem crianças a partir do ensino infantil, conseguem acompanhar o ritmo na dança e na música, que seguem o estilo folclórico regional.

Há 22 anos atuando como educador, Antônio acredita que o ensino da educação física não é apenas voltado à corrida ou ao esporte, mas que existem outras atividades que podem ser desenvolvidas com os alunos. “Quando o aluno faz uma atividade com prazer, ele procura se empenhar ao máximo, fazer o melhor de si na atividade. Quando ele não quer fazer, se torna uma coisa chata, monótona”. As turmas, a convite da Semec, já se apresentaram com sua música folclórica em outras escolas e expuseram seu trabalho na Estação das Docas e em universidades de Belém.

TAGS:

Relacionadas: