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Bate-papo educativo dá início à programação do Dia Nacional de Combate à Sífilis

Foto: Ascom Sesma
Bate-papo educativo dá início à programação do Dia Nacional de Combate à Sífilis
Bate-papo educativo dá início à programação do Dia Nacional de Combate à Sífilis
Bate-papo educativo dá início à programação do Dia Nacional de Combate à Sífilis

Bate-papo educativo sobre sífilis com gestantes e seus parceiros marca o início da programação do Dia Nacional do Combate à Sífilis.

A Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), e o Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef) promoveram na manhã desta quarta-feira, 17, na Unidade Municipal de Saúde (UMS) do Tapanã, um bate-papo educativo sobre sífilis com gestantes e seus parceiros para desmistificar a doença e orientar sobre os riscos que ela representa tanto para os pais quanto para os bebês. Durante a conversa, temas como a prevenção e a importância de se fazer o tratamento corretamente foram tratados.

No terceiro sábado de outubro é celebrado o Dia Nacional do Combate à Sífilis e a Prefeitura de Belém prepara uma ação especial de combate à doença. Uma publicação em formato de disco, elaborada pelo Centro Universitário do Estado do Pará (Cesupa), que explica como se dá o manejo da doença será utilizada pelos profissionais de saúde da atenção básica municipal e ajudará na identificação dos tipos de tratamento disponíveis. A Sesma também distribuirá de adesivos de mesa sobre a doença para os médicos e enfermeiros das unidades de saúde.

A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) curável, causada pela bactéria Treponema pallidum. Pode apresentar vários estágios, sendo que no primário e no secundário a possibilidade de transmissão é maior. A sífilis pode ser transmitida por relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada ou para a criança durante a gestação ou o parto.

A sífilis congênita ocorre com infecção do feto pelo Treponema pallidum através da placenta da gestante. Pode causar aborto espontâneo, nascimento de feto morto ou morte dias após o parto. Além disso, pode causar má formação, gerando diversas lesões nos órgãos.

Uma grávida de três meses que pediu para não ser identificada aprovou o bate-papo: “Conversarei com o meu marido para que, de hoje em diante, possamos nos prevenir cada vez mais. Através deste bate papo pude saber mais sobre essa doença que pode afetar meu bebê”.

“Percebemos que as adolescentes têm certa dificuldade em chegar, perguntar e conhecer mais sobre o assunto, seja por vergonha da condição de gravidez ou porque a sociedade ainda critica bastante e acolhe pouco. Então, nosso papel aqui é fazer com que elas conheçam e se sintam bem a ponto de seguir o tratamento ou a prevenção à risca”, afirma Kassya Fernandes, consultora do Unicef.

Para combater o avanço da sífilis no município de Belém, a Sesma promove desde 2015 a descentralização da testagem, a fim de que sejam identificadas as pessoas com a doença. Hoje, existem mais de 80 unidades de saúde que oferecem o teste rápido.

Em 2016 foram registrados 588 casos de sífilis. Já em 2017 foram 803 casos de sífilis adquirida, atingindo pessoas fora do quadro gestacional.

“Ressaltamos que o aparecimento de novos casos se deu pela descentralização da testagem na Atenção Básica. O maior ganho é conseguir identificar os casos de infecção por sífilis precocemente e tratar em tempo oportuno, quebrando assim a cadeia de transmissão”, diz Cledson Sampaio, coordenador da Referência Técnica de Infecções Sexualmente Transmissíveis, HIV/Aids e Hepatites Virais da Sesma.

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