Um workshop sobre crochê marcou o encerramento do evento Mulheres Empreendedoras, na tarde desta sexta-feira, 14, no auditório do Colégio Marista Nossa Senhora de Nazaré. O evento é uma iniciativa da Prefeitura de Belém, por meio da Coordenadoria da Mulher de Belém (Combel), em parceria com a empresa Linhas Círculo e Armarinho Ponto Cheio.
A ação contou com a presença do Prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, além do promotor Franklin Lobato Prado, da Promotoria de Justiça de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. O workshop reuniu um grande número de participantes, que tiveram a oportunidade de aprender as técnicas do crochê em uma oficina ministrada pelo professor Neddy Ghusman.
A programação marcou a culminância das diversas atividades oferecidas pela Combel para as artesãs de Belém. “É um trabalho integrado entre a Prefeitura de Belém e as Linhas Círculo, além do Armarinho Ponto Cheio, que são parceiros fundamentais para a realização deste evento que hoje chega ao fim com diversas atividades. Teremos um desfile com as peças produzidas pelas artesãs, além da oficina de crochê”, contou Noeme Barbosa, coordenadora da Combel.
O prefeito Zenaldo Coutinho também comentou sobre a importância do aprendizado na vida das participantes da oficina. “No momento em que uma mulher tem uma fonte de renda, ela jamais fica presa em um relacionamento somente por conta da dependência econômica. Convivemos diariamente com notícias tristes, manchados pela violência e pela corrupção, mas não podemos esquecer que também temos muitas coisas boas para comemorar, e essas mulheres empreendedoras nos dão motivos para comemorar”, declarou o prefeito, que durante o evento foi presenteado com uma peça produzida por uma das artesãs.
O gerente de vendas das regiões Norte e Nordeste das Linhas Círculo, Cléber da Rosa, destacou a importância da atividade do crochê na vida das participantes do curso. “Entendemos que esse tipo de aprendizado é de grande importância por diversos motivos, pois o crochê gera renda extra e também serve como uma terapia. Até pouco tempo atrás o crochê era visto como ofício de senhoras aposentadas, mas agora isso mudou e já temos muitas jovens que aprenderam a técnica”, contou. “A procura pelo aprendizado aumentou, tanto que tem pessoas que sustentam a família só com a venda de crochê”, comemorou.
A costureira Rosa Francisca do Nascimento, de 63 anos, é a maior prova de que é possível gerar renda com a venda do crochê. “Aprendi sozinha ainda criança, aos 12 anos, e não parei mais. Faço todo tipo de peças com o crochê, desde blusas até biquíni de praia, basta usar a criatividade. Tenho uma clientela fixa que faz muitas encomendas, principalmente no período das férias de julho”, revelou.
Patrícia Resque, da coordenação do evento e representante do Armarinho Ponto Cheio, ressaltou a alegria em contribuir para a geração de renda das mulheres. “É muito gratificante fazer parte deste processo de aprendizado que vem crescendo a cada ano. São mulheres batalhadoras que não só aprenderam o novo ofício, como também estão introduzindo os homens nas atividades e isso é um grande avanço, pois é uma forma de combate ao preconceito”, destaca.