Representantes de órgãos municipais da Prefeitura de Belém participaram de uma série de visitas junto com integrantes do Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef) e do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Cnur) durante toda esta semana, na capital paraense. O objetivo da programação foi a de conhecer o contexto local e o atendimento realizado por Belém aos indígenas Warao.
A agenda se iniciou com uma reunião envolvendo as secretarias municipais de Educação (Semec), de Saúde (Sesma) e da Fundação Papa João XXIII (Funpapa), que atendem às demandas dos refugiados na capital. Na ocasião, a presidente da Funpapa, Adriana Azevedo, juntamente com a titular da Semec, Socorro Aquino, apresentaram os serviços realizados pela Prefeitura de Belém, desde a chegada dos Warao em setembro de 2017.
A prestação de assistência com a emissão de documentos, fornecimento de alimentos e produtos de higiene e limpeza, a entrega do abrigo na avenida Perimetral, em 2018, além das aulas para as crianças, consultas médicas, exames, vacinas e encaminhamento para atendimento especializado, caso necessário, incluindo o psicossocial, são alguns dos trabalhos realizados pela gestão.
Para Adriana Azevedo, a presença do Unicef é uma forma de somar no trabalho realizado para atender os refugiados venezuelanos. “A presença da comissão com essa proposta de parceria vem ajudar no trabalho que a Prefeitura de Belém já realiza com os Warao”, destacou.
Encerramento - A equipe do Unicef também visitou o abrigo de autogestão entregue pela Prefeitura de Belém. A missão dos representantes da Organização das Nações Unidas (ONU) foi finalizada nesta sexta-feira, 22, com uma oficina de proteção e criação de protocolos de atendimentos aos indígenas Warao.
As atividades foram oferecidas paras as pessoas que trabalham diretamente com os refugiados, explicando os conceitos de migração, o trabalho da comissão de refugiados e como proceder em situações de migração.
Integrante do Cnur, Catalina Sampaio, conta que a Unicef vem desde 2016, realizando o trabalho com os venezuelanos, passando pelas cidades de Pacaraima, no estado de Roraima e na cidade de Manaus, no Amazonas. Segundo Catalina, a intenção foi conhecer o trabalho na capital paraense. “Nós nos deparamos com vários atores trabalhando para responder essa emergência humanitária, vemos que estão se movendo para responder. A ideia é trocar experiências e ter um resultado positivo de plano de trabalho em conjunto e de ação”, disse.
A chefe do escritório da ONU no Brasil, Florence Bauer, participou da oficina e comentou que essa missão é uma fase de avaliação. “Desde o ano passado estamos acompanhando de perto a situação dos migrantes que estão chegando da Venezuela, no primeiro momento estamos avaliando a situação em Belém para ver que tipo de apoio a Unicef pode dar ao município, para poder responder essa situação.Estamos em fase de avaliação, é provável que daremos apoio em algumas áreas”.