A Associação Carnavalesca A Grande Família foi a segunda escola a entrar na passarela do samba da Aldeia Amazônica na noite deste sábado, 23, com o enredo “Sobre o Mito da Cidade de Ouro, Carajás, o Eldorado é aqui!”, que fez um passeio que começou no mito do Eldorado, a cidade coberta de ouro, como conta a lenda, chegando à riqueza atual das minas de Carajás, no município de Parauapebas, em uma grande onda dourada que encheu a avenida de muita luz.
A comissão de frente já mostrava riqueza sobre a qual o enredo falou, com integrantes cobertos de dourado, representando guerreiros indígenas. Um dos passistas fazia coreografias sobre um tripé, cercado de lanças.
Logo após a comissão de frente, a Grande Família inovou já apresentando a ala das baianas que veio toda vestida de dourado.
José Marcos, 48 anos, e porta-estandarte da Grande Família, concluiu o desfile satisfeito com o que apresentaram na avenida. "Quanto mais interação com o público, mais me sinto feliz, porque a gente se prepara para isso".
A escola levou 1.500 brincantes, distribuídos em dez alas, e três carros alegóricos, sendo um deles um grande navio no qual os descobridores dos grandes mares chegaram ao Brasil. O segundo carro representava um trem, que remete à estrada de ferro de Carajás; e o último carro mostrava uma volta à natureza dos índios Carajás, com árvores, animais selvagens e uma cachoeira estilizada.
Dona Isaurina Dias, 74 anos, foi um exemplo para os demais brincantes da agremiação. "Já estou saindo pela quinta vez, comecei aqui por incentivo de uma amiga, mas agora não desgrudo mais", contou ela que saiu na ala das baianas.
Um detalhe chamou atenção do público que foi informado por meio de plaquinhas de identificação de cada setor do desfile. Outro detalhe foi a bateria com 170 ritmista que vieram vestidos a caráter como os operários das minas de Carajás, vestindo uniformes em laranja e capacetes também em dourado.