Quando a última agremiação carnavalesca deixou a Aldeia Amazônica, na madrugada de domingo, 25, encerrando o segundo dia do Carnaval de Belém, foi a vez do bloco da limpeza entrar em ação com a missão de entregar o espaço público limpo para a população. Nos três dias de desfile oficial, 70 agentes de serviços urbanos da Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan) entraram em cena para que a população fosse bem acolhida em seus momentos de lazer e alegria.
Já sem o público nas arquibancadas, o bloco da limpeza atravessou a avenida do samba com a mesma alegria dos foliões e a incumbência de deixar o espaço limpo e organizado. A tarefa não foi nada fácil, já que entre a sujeira deixada pelas agremiações havia estruturas de ferro de carros alegóricos, cujo recolhimento é de responsabilidade das escolas, além de muitos restos de fantasias espalhadas na avenida. Todo o material recolhido no local foi colocado em caçambas e encaminhado para as cooperativas de coleta seletiva.
A ação de limpeza começou nas primeiras horas da manhã e se estendeu até o final da tarde. A maior quantidade de lixo estava concentrada na avenida Pedro Miranda com a travessa Lomas Valentinas. “Esses agentes estão de parabéns, pois permaneceram na avenida durante toda a programação e continuam aqui trabalhando mesmo após o fim da festa”, disse a educadora Eliane da Costa, que reside às proximidades do sambódromo.
Em meio ao colorido das fantasias e adereços espalhados em via pública, os agentes de limpeza percorreram toda a extensão da Aldeia Amazônica e entorno, recolhendo toda a sujeira deixada na via. “Gosto do que faço, por isso é uma satisfação imensa entregar a via limpinha para a população. É muito gratificante poder contribuir com a limpeza de nossa cidade”, afirmou a servidora Sandra Jacira Santos, que coordenava um grupo de agentes de limpeza na avenida Pedro Miranda.
Apesar de gostar do ofício que desenvolve há quase 15 anos, Sandra revela a preocupação com a falta de conscientização ambiental dos que colaboram com a sujeira da cidade. “O lixo produzido no Carnaval é inevitável, mas penso que todos os brincantes deveriam levar suas fantasias para casa e não jogar no meio da rua. Manter a cidade limpa é tarefa de todos”, alertou.