Dois projetos desenvolvidos por profissionais que atuam na Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) ficaram entre os 17 selecionados como os trabalhos mais bem sucedidos na gestão local do Sistema Único de Saúde (SUS) e irão representar o Pará na Mostra Nacional “Brasil, Aqui tem SUS”.
Os trabalhos foram escolhidos dentre 48 experiências pré-selecionadas, que foram expostas, na quarta-feira, 10, na I Mostra de Experiências Municipais em Saúde “Pará, Aqui tem SUS”, promovida pelo Conselho de Secretarias Municipais do Estado do Pará (Consems).
As experiências selecionadas serão apresentadas na 16ª edição da Mostra, durante o XXXV Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), ainda este ano, em Brasília, e concorrem a um prêmio em dinheiro. Para esta edição, o Conasems expandiu a participação para os municípios.
Selecionados - A Sesma apresentou seis trabalhos na mostra local que, como premiação, serão publicados pelo Conasems. Os dois selecionados para mostra nacional foram: “Descentralização do fosfato de Oseltamivir (Tamiflu), como forma de prevenir o agravamento dos casos de Síndrome Gripal (SG) e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG)”, de autoria do enfermeiro Josué Marques da Costa; e “Estratégias para incentivo ao pré-natal do parceiro na UMS Tapanã”, de autoria da assistente social Mariana Monteiro Costa Coelho.
As seis experiências envolvem o Departamento de Vigilância em Saúde (DEVS), Departamento de Urgência e Emergência (DEUE) e Departamento de Atenção Básica (DEAS).
Tapanã - Todas os projetos selecionados são experiências que na prática já são executados. Na Unidade Municipal de Saúde do Tapanã, desde 2015, a iniciativa convida os parceiros a participarem do pré-natal das companheiras, por meio de encontros semanais. “A presença deles é muito importante para a gestante e contribui para a saúde de toda família ao longo da gestação. Eles recebem orientações sobre os direitos, deveres e responsabilidades durante período gestacional e o parto. Antes do projeto, eles não compareciam, depois, a frequência passou a aumentar”, avalia a assistente social Mariana Monteiro Costa Coelho. Ela conta que no ano passado, o projeto atingiu 516 gestantes, 200 parceiros e dois casais homoafetivos.
Tamiflu - Já a iniciativa do enfermeiro Josué Marques da Costa tem contribuído para que a medicação fundamental no tratamento dos casos de Síndrome Gripal (SG) e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) chegue mais rápido até os pacientes. Desde 2015, a distribuição do fosfato de Oseltamivir, conhecido como Tamiflu, foi descentralizada para unidades de saúde, hospitais públicos e particulares, além do acesso direto pelos pacientes da rede particular.
“O Ministério da Saúde recomenda que o Tamiflu comece a ser administrado em até 48 horas após o início dos sintomas para aumentar as chances de avanço da doença. Quando o medicamento já está nas unidades ou hospitais, facilita esse início do tratamento. Antes da descentralização, os estabelecimentos de saúde precisavam mandar buscar na Sesma, quando identificavam alguém com os sintomas”, detalha o enfermeiro.
O secretário municipal de Saúde, Sérgio Amorim, parabenizou os autores das iniciativas e acredita que quem ganha com elas é o usuário da rede municipal. “Os dois trabalhos selecionados representam soluções inovadoras que fortalecem o trabalho do SUS e a atuação da saúde, como um direito para todos, com humanização e qualidade que refletem no bem estar das pessoas”, afirma o titular da Sesma.