Tucupi, goma de tapioca, jambu, chicória e camarão. Essa é a receita básica da iguaria mais vendida na banca de Neide Freitas Sobrinho, que trabalha há 22 anos comercializando comidas típicas na avenida Nazaré, em Belém. Mesmo com toda a experiência, a tacacazeira decidiu aprimorar seu negócio durante o curso de empreendedorismo promovido pela Prefeitura de Belém, através da Secretaria Municipal de Economia (Secon). O curso iniciou nesta terça-feira, 23 e encerra na sexta, 26, na Sala do Empreendedor, localizada no prédio da Secon.
“Já me considero uma mulher de negócio, agora eu pretendo virar uma microempreendedora individual (MEI) para expandir a venda do tacacá em outros Estados, como o Rio de Janeiro, onde vivem muitos paraenses e pessoas interessadas na nossa culinária”, conta a vendedora.
Reconhecidos como patrimônio cultural imaterial do município de Belém pela Lei 8.979/2013 e inseridos na gastronomia criativa de Belém, os vendedores de tacacá têm gerado emprego e renda para a capital paraense. “Esse segmento merece nossa atenção, através dele aquecemos a economia e também o turismo da nossa cidade. Por isso, o aperfeiçoamento desses trabalhadores é fundamental para nós da Prefeitura de Belém”, destaca a coordenadora da Sala do Empreendedor, Regina Vilanova.
Entre as temáticas ministradas pelos técnicos do Fundo Ver-o-Sol e do Departamento de Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde (Devisa/Sesma), estão: plano de negócios; educação financeira; preços e vendas; benefícios de ser um Microempreendedor Individual (MEI) e, ainda, boas práticas de manipulação de alimentos.
Dário Araújo Lima trabalha há 35 anos na venda de tacacá em um ponto situado na avenida Aristides Lobo, bairro da Campina. Foi através da venda do tacacá que Dário formou dois filhos. “Um é analista de sistemas e a outra é pedagoga da Marinha. Tenho muito orgulho do que faço e procuro sempre estar em dias com minha carteira de saúde e de manipulador de alimentos tiradas pela Sesma”, ressalta o vendedor, que vende cerca de 100 cuias de tacacá por dia, chegando a dobrar em períodos festivos, como o Círio de Nossa Senhora de Nazaré e o Natal.
“A circulação de dinheiro entre tacacazeiros e tacacazeiras é muito grande. Pensando nisso convidamos técnicos do Banco Central para ensiná-los, inclusive, a reconhecer se a nota é falsa e onde trocar as cédulas para facilitar o troco aos clientes”, explica o coordenador do Fundo Ver-o-Sol e ministrante do curso, Kadmiel Pacífico.
Padronização - Os vendedores de tacacá da capital também passam pela padronização das barracas. “Os trabalhadores das avenidas Nazaré e Magalhães Barata já possuem os equipamentos com lonas e adesivos, conforme as orientações da Secretaria de Economia. A meta é padronizar todos desse setor, com o objetivo de atrair a clientela e ainda melhorar o visual paisagístico da cidade”, destacou o titular da Secon, Rosivaldo Batista.
Serviço - A Sala do Empreendedor está aberta ao público de segunda a sexta-feira, das 8 às 14 horas, com serviços de orientação, capacitação e promoção de pequenos negócios. Os cursos são ministrados em horários diferenciados, conforme a demanda e o perfil dos interessados.
Endereço: Sede da Secretaria Municipal de Economia (Secon), localizada na travessa Piedade, 651, Reduto. Contatos pelo telefone: 3073-3100.
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