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Vigilância Sanitária interdita pontos de venda com açaí adulterado

Foto: Oswaldo Forte
Vigilância Sanitária interdita pontos de venda com açaí adulterado
Vigilância Sanitária interdita pontos de venda com açaí adulterado
Vigilância Sanitária interdita pontos de venda com açaí adulterado
Vigilância Sanitária interdita pontos de venda com açaí adulterado
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Vigilância Sanitária interdita pontos de venda com açaí adulterado
Vigilância Sanitária interdita pontos de venda com açaí adulterado

Departamento de Vigilância Sanitária (Devisa) fiscalizou pontos de venda de açaí, nesta terça-feira, e interditou dois pontos de venda irregulares

O ponto de venda Açaí da Madá existe há mais de 40 anos, no bairro do Jurunas, e é herança de pai para filha. Quem consome açaí desse local sabe que leva para casa um produto de qualidade e livre de alterações. Foi o que constatou a operação realizada nesta terça-feira, 7, pelo Departamento de Vigilância Sanitária de Belém (Devisa), órgão ligado à Secretaria Municipal de Saúde (Sesma).

O estabelecimento não estava na lista dos que seriam fiscalizados, mas assim como outros também passou pela vistoria por estar na rota e não apresentou nenhuma irregularidade. “Eles me orientaram a ir até à Casa do Açaí participar de novas palestras educativas e dar entrada no meu selo de qualidade. Eu sei o quanto é importante oferecer um bom produto”, frisou a comerciante Madalena Araújo Bardó.

Interdições - Ao lado do Açaí da Madá, a fiscalização flagrou, pela segunda vez, o extremo oposto dos padrões de qualidade. No Açaí do Pimenta, a equipe realizou o teste rápido e confirmou a adulteração do açaí, com acréscimo de goma de tapioca e corante. “Viemos aqui dia 9 de abril, e flagramos as mesmas irregularidades, como a adulteração, instalações fora de padrão, falta de licença, dentre outros. Como ele não fez as adequações orientadas, interditamos o local para que ele se regularize e não comercialize o produto alterado”, explicou a diretora da Casa Açaí, Camila Miranda, que acompanhou a operação. 

A operação se concentrou no bairro do Jurunas devido ao último levantamento da Casa do Açaí, que detectou 232 pontos de comercialização do produto batido no bairro. “Como aqui o consumo é muito grande, temos intensificado a fiscalização, e concentramos naqueles que já foram flagrados alterando o açaí, o que é proibido por Lei, e além de interdito e multa, ainda respondem pelo crime contra o Código de Defesa ao Consumidor, junto ao Ministério Público”, destaca Camila.

O proprietário do Açaí do Barbudão também insistiu em contrariar as normas da Vigilância Sanitária e teve o estabelecimento interditado. A equipe da Devisa esteve no local pela terceira vez. A última vez foi no dia 22, e ele foi orientado sobre a necessidade de se regularizar, participar das palestras na Casa do Açaí e não adulterar mais o produto. “Vou procurar a Vigilância o mais rápido possível para me adequar e funcionar dentro dos padrões, pois eu e minha família dependemos desse comércio”, desabafou o dono do ponto, Nelson Nascimento Barros. 

Penalidades - Durante a fiscalização, além de interditar o ponto, é feito o descarte do produto adulterado que representa risco para a saúde, assim como de outros objetos que não devem ser utilizados no local de tratamento do açaí, como peças de madeira, guardanapos de tecido, baldes reutilizados e um aparelho chamado mergulhão, usado para ferver água.

Os infratores também pagam multas de cerca de R$ 2 mil, valor que pode dobrar a cada nova reincidência. As amostras coletadas são encaminhadas para no Laboratório Central (Lacen), da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) para identificação da presença de salmonelas, coliformes fecais e substâncias químicas como amido de milho.

Casa do Açaí – Atualmente, existem em Belém 148 estabelecimentos que possuem o selo de qualidade Açaí Bom, criado pela Prefeitura Municipal de Belém, em 2015. O selo tem o objetivo de sinalizar ao consumidor os pontos vistoriados pela Vigilância Sanitária, que possuem licença de funcionamento e cumprem as normas higiênico-sanitárias exigidas pelo Decreto Estadual 326/2012.

A Casa do Açaí mudou de endereço para melhor atender a quem trabalha com o açaí, oferecendo maior espaço, melhores instalações, novos equipamentos e localização mais acessível.

A Casa é um espaço que serve de apoio para os batedores artesanais disponibilizando serviços, cursos de capacitação e orientações para a melhor qualidade do produto e meios de combater a doença de Chagas, além de funcionar como um braço do Departamento de Vigilância Sanitária (Devisa).

Selo Açaí Bom - Para monitorar a qualidade do açaí comercializado na cidade, a Casa do Açaí emite o Selo “Açaí Bom”, que indica se o comerciante certificado realiza todas as boas práticas de manipulação, além de estar em dia com as licenças de funcionamento. Os estabelecimentos devem atualizar a licença todo ano. Ao todo, 148 pontos de venda possuem o selo “Açaí Bom”.

Todas essas medidas estão de acordo com o Decreto Estadual número 326/2012 que estabeleceu as normas para cadastramento de batedores artesanais e padrões para instalação e processamento do açaí e da bacaba. O decreto também implantou o tanque de branqueamento, que usa alta temperatura para diminuir a carga microbiana, minimizando a possibilidade de contaminação da doença de Chagas.

Para adquirir o selo, os batedores devem procurar a Casa do Açaí, localizada na avenida João Paulo II, número 347, das 8h às 17h. Informações podem ser obtidas pelo telefone (91) 3236-1138.

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