A moradora do distrito de Mosqueiro, Cilena Mara Bandeira, de 62 anos, já está aposentada, mas viu nas feiras uma oportunidade para voltar ao mercado de trabalho e complementar a renda. Cilena foi uma dos trinta participantes do curso “Feirante Empreendedor”, realizado nesta quarta-feira, 8, na Agência Distrital de Mosqueiro, pela Secretaria Municipal de Economia (Secon), com apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
O curso busca qualificar os moradores interessados em trabalhar nas feiras livres que serão implementadas pela Prefeitura de Belém na ilha. “Tenho a ideia de comercializar peixes e mariscos, mas antes quero aprender a mexer com meu negócio”, destacou a aposentada.
“Queremos proporcionar oportunidade de geração de renda e, principalmente, sustentabilidade e continuidade do negócio. Por isso, apresentamos no curso todas as oportunidades e desafios do mercado. Convidamos também o Sebrae para apresentar as vantagens da formalização e as noções básicas de negócios voltados para as feiras livres”, explicou a coordenadora da Sala do Empreendedor da Secon, Regina Vilanova.
Itinerantes - Ao todo, cinco mercados municipais funcionam no distrito de Mosqueiro: Mercado da Vila, Mercado da Baía do Sol, Mercado do Carananduba, Mercado do Chapéu Virado e Unidade de Abastecimento do Maracajá. “A ideia agora é a criação de feiras itinerantes, com equipamentos desmontáveis, para atender os diversos bairros do distrito. Por isso, desde já estamos qualificando os potenciais feirantes da ilha”, explicou o Secretário Municipal de Economia, Rosivaldo Batista.
O casal Rubens Rodrigues e Maria Rosely Magalhães mora há 22 anos em Mosqueiro e pretende vender artesanatos nas feiras da ilha. “Já nos reunimos com a comunidade e vamos nos organizar para montar uma feira diferenciada, que atraia tanto moradores quanto turistas”, destacou Rubens.
Segundo dados a Agência Distrital de Mosqueiro (Admos), existem na ilha 70 mil habitantes. No entanto, o distrito abriga uma média de 250 mil pessoas nos finais de semana e chega a quase a 600 mil pessoas em feriados e férias escolares. “Por isso, a necessidade da implantação de mais centros de abastecimentos e com trabalhadores capacitados, que supram, inclusive, as demandas turísticas da ilha”, completou o Secretário de Economia, Rosivaldo Batista.
