A Prefeitura Municipal de Belém, por meio do Centro de Referência da Assistência Social (Cras), de Icoaraci, realizou na manhã desta quinta-feira, 23, no auditório da biblioteca pública Avertano Rocha, a exibição e debate sobre o filme “Anjos do Sol”, que aborda a exploração e o abuso sexual contra crianças e adolescente. Alunos e professores da Escola Estadual Professor Jorge Lopes Raposo, além de uma assistente social e uma psicóloga do Cras, participaram do evento.
A programação do cine-debate Juventude em Ação, que exibiu o filme, fez referência ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, celebrado em 18 de maio, data do assassinato da menina Araceli Cabrera Sánchez Crespo, de 8 anos, vítima de violência e abuso sexual, em Vitória (ES), em 1973. A atividade desta quinta-feira fez parte da programação, visto que em Icoaraci também há registros de casos de abuso e exploração sexual de crianças e adolescente.
Andra Navarro, assistente social do Cras-Icoaraci, disse que o Centro é referência para prevenir as violações de direitos. “Estamos informando, capacitando e, a partir da informação, conseguimos combater a violência, junto aos jovens. A nossa parceria com a escola facilita esse debate sobre o tema”, explicou.
A psicóloga Paula Hinvaitt, do Cras-Icoaraci, disse que a missão da entidade é identificar situações de vulnerabilidade e fortalecer esse papel. “A ação foi pensada a partir dos atendimentos psicossociais realizados no Cras-Icoaraci. Buscamos trazer a realidade de lá e mostrar ao restante da comunidade, neste caso, aos alunos”, demonstrou a psicóloga.
Filme - Com direção de Rudi Lagemann, “Anjos do Sol” é um filme brasileiro, que mostra uma realidade vivida por muitas crianças e adolescentes no Brasil e no mundo, especialmente por meninas, relatando a exploração e o abuso sexual de adolescentes que foram vendidas por suas próprias famílias.
A violência sexual pode acontecer tanto na forma de abuso, quanto de exploração sexual, e diante de tudo isso há uma preocupação com os amigos ou até mesmo com a própria vida. Essa situação foi um dos pontos que chamaram a atenção da aluna Samira Sá, de 17 anos.
“Eu tenho uma amiga que sofreu abuso sexual dentro da própria casa, e naquele momento eu não sabia o que fazer. Aqui, por meio do filme e das explicações das pessoas do Cras, eu compreendi que o abuso sexual pode provocar problemas maiores, como doenças psicológicas, e até mesmo uma gravidez indesejada”, destacou Samira.
A violência sexual contra crianças e adolescentes é crime. As denúncias podem ser feitas pelo número 100.
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