Há 25 anos o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) foi inaugurado em Belém. Por ano, cerca de 21 mil atendimentos são realizados na capital, com apoio de equipes profissionais que percorrem a cidade, em diversas situações, salvando vidas. Além do atendimento no local, o Samu também presta orientações por telefone a quem solicita o serviço.
Elielma Amorim, 48 anos, é uma das quase 500 pessoas que trabalham no Samu. Ela atua como enfermeira no serviço há mais de uma década e conta da satisfação em se doar pelas pessoas em situações de risco.
“Trabalhei em hospitais, em unidades de saúde e, ano que vem, completarei 15 anos no Samu. Parte da minha vida é aqui, e nada paga a felicidade de salvar uma vida. É com esse objetivo que saio todos os dias da minha casa, e é com esse carinho e amor que entro na ambulância e presto atendimento à população”, diz ela.
De acordo com o titular da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), Sérgio de Amorim, o serviço ganhou o reconhecimento da população ao longo dos anos e oferece um atendimento incondicional a quem precisa. “Não há hora ou qualquer dificuldade que impeça o Samu de socorrer uma ou mais vítimas. Temos uma rede estruturada para agilizar o atendimento às pessoas e, com isso, evitar complicações mais graves”.
Atualmente, o Samu funciona com 16 ambulâncias próprias (como preconiza o Ministério da Saúde), sendo 12 unidades de suporte básico (USBs) e quatro unidades de suporte avançado (USAs). Além disso, o Samu possui uma lancha (ambulancha) e quatro motos (motolâncias).
“O serviço funciona 24 horas com equipes compostas por médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, condutores, telefonistas, equipes administrativas, dentre outros profissionais. É um importante instrumento para a rede pública de saúde, pois as equipes atuam com agilidade e eficiência no atendimento a diversas situações”, destaca o diretor do Samu, Leonardo Lobato.
O Samu também executa um importante trabalho preventivo, com o propósito de proteger a vida. “O serviço não disponibiliza somente socorro. Desempenhamos ações de proteção, garantindo que tudo corra bem em eventos e ações com grande concentração de pessoas, por exemplo. Também realizamos capacitações constantes, atividades de treinamento e simulados, com o objetivo de garantir um atendimento rápido e bem-sucedido”, explica a enfermeira Elielma, que além de atuar no atendimento aos chamados da Central de Regulação (que atende a população), é tutora, pelo Ministério da Saúde, para capacitar equipes das ambulâncias de suporte básico e avançado.
Comemoração - Como forma de valorizar os profissionais e celebrar todos esses anos de dedicação à população, será realizado, no próximo sábado, 3, no clube Cassazum, o Baile do Samu, promovido pela Comissão de Servidores Samuzeiros de Belém, com apoio da Sesma.
A técnica de enfermagem Simone Cruz, que está no Samu desde a fundação, ressalta que ao longo desses 25 anos muitos profissionais participaram da construção e dos processos do serviço com dedicação e entrega aos pacientes. “O paciente não escolhe ser atendido por nós, porém, nós escolhemos atender o paciente e, nessa escolha, buscamos dar o melhor, pois o merecimento é individual e a satisfação coletiva”, afirma.
Quem também se sente privilegiado em fazer parte da “família Samu”, ao longo de seis anos, é o condutor socorrista Azonildes Azevedo: “Ajudar a amenizar o sofrimento da população menos favorecida, socorrer e transportar o paciente em segurança até o local de tratamento definitivo nos faz sentir recompensados pelas adversidades encontradas em cada dia e em cada plantão”.
