Em um pedacinho da Amazônia no centro da cidade, a Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), celebrou o Dia da Árvore, na manhã de sábado, 21, com uma programação especial para os visitantes, no Jardim Zoobotânico da Amazônia Bosque Rodrigues Alves.
Para conscientizar cada vez mais as pessoas a respeito da importância de preservar os recursos naturais, o Bosque realizou várias atividades de educação ambiental, entre elas, uma exposição de painéis de estudos florísticos para apresentar a biodiversidade daquele espaço.
Com mais de 11 mil elementos da flora, como árvores, muitas delas centenárias, e outras ameaçadas de extinção, como o cedro, o acaju americano e a maçaranduba, que pode chegar a mais de 30 metros de altura, Ana Cláudia Nascimento, engenheira florestal do Bosque, reforça que o espaço é muito importante para a população de Belém e deve ser mais valorizado por ela.
"Temos um microclima agradável por conta das árvores. Quem entra no Bosque logo sente a mudança e este espaço faz parte da história de muitas pessoas que na infância passeavam por aqui. Por isso, trabalhamos diariamente a educação ambiental com as crianças, para que elas façam a diferença no futuro", comenta Ana Cláudia.
Programação - Conforme os visitantes iam passeando pelas trilhas do Bosque também puderam prestigiar a exposição “Vida Secreta das Árvores”, do grupo de extensão Pet Florestal, da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), parceira do espaço.
Por meio da participação de 20 universitários, os visitantes aprenderam, por meio de uma maquete da floresta amazônica e outros elementos da natureza, os benefícios que a floresta pode trazer à população.
“Uma árvore de 10 centímetros de diâmetro é capaz de produzir oxigênio para 20 pessoas, ao logo de um ano. Agora, multiplique pelas 11 mil árvores que temos aqui. Essa mesma árvore é capaz de sequestrar, por dia, o carbono emitido por cinco ônibus que passam aqui na frente. Cerca de 45% do corpo de uma árvore é formado por carbono absorvido do ambiente. As árvores também liberam oxigênio para vivermos, produzem alimentos e remédios para nós”, explica Gracialda Costa Ferreira, professora e tutora do grupo de extensão Pet Florestal, da Ufra.
Famílias - Muitas famílias aproveitaram o sábado para passear no Bosque, como a dona de casa Adriana do Rosário, mãe da Gisele do Rosário, de 11 anos, e de David Luís do Rosário, de 4 anos, que soube da comemoração do Dia da Árvore e aproveitou para trazer David Luís, pela primeira vez, ao Bosque.
“Gostei muito da programação. A minha filha mais velha já veio várias vezes aqui, mas hoje é a vez do David conhecer um pouco da nossa natureza para ele aprender, desde cedo, a cuidar das árvores e dos animais. Ele está gostando de tudo”, contou.
Gisele do Rosário, de 11 anos, também participou da programação e conta que vem acompanhando as notícias sobre as queimadas que estão acontecendo na Amazônia. “Precisamos preservar para diminuir as queimadas. Estou tendo uma boa experiência, aqui, no Dia da Árvore, porque conheci mais sobre o ecossistema e porque devemos reciclar mais”, apontou a adolescente.
Neste domingo, 22, é o Dia da Fauna e aniversário do peixe-boi Cajuru, que completa 63 anos de vida. O Bosque promoverá uma programação especial, para desta vez, conscientizar sobre a preservação dos animais.