Em alusão ao Dia Nacional do Surdo, celebrado no dia 26, a Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semec), realizou nesta sexta-feira, 27, um ciclo de palestras sobre surdez, no auditório da Faculdade Uninassau. Com o tema “Festival da Cultura Surda de 2019”, cerca de 150 professores da rede municipal de educação participaram da formação. Na abertura, também houve apresentação do Coral em Libras com os professores da rede municipal.
O evento teve como objetivo mostrar a importância do uso da Língua Brasileira de Sinais (Libras) como a primeira língua. “Esse é o nosso terceiro Festival da Cultura Surda e o principal objetivo do evento é fortalecer as ações da educação bilíngue para os alunos surdos e o fortalecimento do ensino de Libras aos professores da rede municipal de Belém”, destacou Denise Costa, coordenadora geral do Centro de Referência de Inclusão Educacional Gabriel Lima Mendes (Crie).
Dados - Diversas ações são realizadas pela Semec dentro das escolas municipais na busca da inclusão e de suportes para que o aluno surdo tenha uma educação de qualidade a partir de sua própria língua. “Nós temos 48 alunos surdos na nossa rede municipal de educação, 66 escolas possuem Salas de Recurso Multifuncional e 158 escolas são adaptadas para alunos com deficiência”, acrescentou Denise.
“Trabalhamos nessa capacitação de professores a educação da pessoa surda por meio de metodologias bilíngues. Acreditamos que o ensino de Libras seja um recurso que garante a educação inclusiva”, disse Izabel Abraão, professora do Crie e mediadora do programa Bilíngue.
De acordo com o Ministério da Educação (MEC), o Brasil tem o português como primeira língua oficial, mas também reconhece a Libras como língua das comunidades surdas brasileiras desde 2002. Mesmo antes da oficialização, a Libras já era falada no Brasil, desde o século 19.
Capacitação - O programa Bilíngue em Libras do Crie é realizado quinzenalmente e tem o objetivo de formar professores da rede municipal de educação que trabalham diretamente com alunos portadores de surdez.
O Centro também atende aos alunos da rede em horários agendados e professores que não trabalham diretamente com alunos surdos, mas que estão interessados na educação inclusiva. O Crie fica localizado na avenida Gentil Bitencourt, 696, bairro de Nazaré.