Dando início à campanha “16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres”, a Prefeitura de Belém, por meio da Fundação Papa João XXIII (Funpapa), promoveu nesta segunda-feira, 25, no auditório da Universidade da Amazônia (Unama), o seminário “Mulheres Unidas em Defesa da Vida: Não à violência”, juntamente com a primeira edição do prêmio Mulheres Sistema Único de Assistência Social (SUAS).
O Seminário reuniu servidores, usuárias dos serviços de assistência da Funpapa, Ministério Público e representantes da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher, que debateram questões sobre o enfrentamento.
“Nós trazemos uma reflexão de como estamos enquanto mulheres na sociedade. Quais os mecanismos de enfrentamento em um debate com parceiro e usuárias”, contou Lana Lemos, coordenadora do evento.
Para o promotor de violência doméstica de Belém, Sandro Garcia, além dos trabalhos que são desenvolvidos nas varas dos tribunais é também importante o diálogo dentro da sociedade. “Os 16 dias de ativismo é um período muito importante para que possamos dar mais visibilidade sobre a questão da violência contra a mulher. Quanto mais se discute, mais a gente pode disseminar a ideia contra essa violência para que possamos combater”, destacou Sandro, promotor do Ministério Público.
Premiação - A primeira edição do prêmio "Mulheres do SUAS" homenageou 20 servidoras, que ao longo dos 53 anos contribuíram de forma significativa para o aprimoramento do fazer cotidiano dessa instituição e cinco usuárias que tiveram as vidas transformadas após buscarem ajuda nos espaços de acolhimento da Funpapa.
Segundo a Presidente da Funpapa, Adriana Azevedo, o seminário vem elucidar a temática e levar a discursão para conscientização e o reconhecimento do papel da mulher na sociedade. “Estamos aqui para falar sobre as diversas formas de violência em um diálogo compartilhado para conscientizar e combater a agressão que muitas mulheres passam. Hoje também estamos premiando aquelas que contribuíram com o trabalho de assistência e as usuárias, que por meio da política de assistência social, estão superando os seus desafios e mudando suas vidas”, destacou a presidente.
Uma das premiadas foi a usuária do Cras Icoaraci, Rita Braga, que contou o quanto estava entusiasmada com a premiação. “É um privilégio, por ser mulher negra que vem de uma situação de vulnerabilidade, e após um ano de acompanhamento psicológico no Cras, consegui mudar a minha realidade”, disse.
Durante o evento foi destacado as alterações na Lei Maria da Penha, cenário e enfrentamentos, além de orientações de como buscar a rede de combate a violência contra as mulheres. Denúncia podem ser feitas na Divisão Especializada no Atendimento à Mulher, localizada na Tv. Mauriti, 2393, bairro do Marco, ou pelo disque denúncia 180.